segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Alguns Poemetos Sem Nome N° 333

Eu sou nada

Eu sou pequeno

Não vendi uma vírgula

E nem ganhei uma palma

Não tive musa

Pulei no abismo

Mas sonhar consegui

E sempre...


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Não posso medir meus sonhos. Não sei qual tamanho eles possuem. Se se transformarão em tormentos ou não. Assim como certas chuvas de verão virarão temporais. Não sei medir o perigo de certos venenos, alguns são mais doces do que podemos imaginar. Eis a inocência puxando o gatilho. Eis a solidão como nossa melhor companhia. Alguns pássaros andam e algumas feras acabam voando. Meu silêncio acaba gritando. Não posso medir meus sonhos...


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Onde estão os pássaros que aqui estavam?

Por que o calor acabou se tornando frio de repente?

Eu perdi o medo daquele brilho do frio metal?

Qual a maior guerra que vivi por todos estes dias?

No telhado podem crescer algumas margaridas?

Meus olhos podem doer mais que os meus pés?

A minha maior aflição é não poder ter você?

Por que ninguém se prepara para o próprio funeral?...


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Amordaçados - estamos todos

Robôs são os nossos algozes

Algemados - sem ter dúvida

O deus da IA nos abençoe

Sem o que comer - como sempre

A fome é a nova moda da estação...


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Apenas um disfarce para a madrugada

Um pedido de perdão e a cara deslavada

Um silêncio para o perigo e mais nada...

As putas que vão cobrando o seu preço

Todos aqueles que a calçada é endereço

E aqueles que o lixo é mais um adereço...

Tudo cabe dentro do medo da escuridão...


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Um poema como réquiem

Uma frase como epitáfio

Nada mais...

Toda vida por mais longa que seja

Muito deixou à desejar...

Nem todos os amores 

Aqui vieram para se amar...

Nem todos os sonhos

Puderam pelo ar flutuar...

Nem todos os barcos que partiram

Um dia poderão voltar...

Até os réquiens se acabam

E todos os epitáfios se apagam...


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Um café mais de um...

Um cigarro mais de um...

Um gesto mais que simples...

Poesia feito semente...

Um suspiro mais de um...

Um gemido mais de um...

Um silêncio mais que um...

Palavras mortas pelos tolos...

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