quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Nem A Pintura Lhe Esconde

Nem a pintura lhe esconde...

Do riso compulsivo

Do choro involuntário

Dessa fome do dia-a-dia...


A humanidade é um grande porém...


Nem o abrigo lhe abriga...

Do perigo constante

Da lâmina do tempo

Da sede sem motivo algum...


O carnaval virá sem que peçamos...


Nem o desejo lhe sacia...

Da paixão insistente

Do tesão indiscreto

Da aflição feito febre...


Não há diferença que do há e não há...


Nem a pintura lhe esconde...

De olhos tortos

De seios desiguais

Da vulgaridade pobre...


(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Entre Espelhos e Molduras

Tudo em tom quase vermelho (Inclusive as velhas lâmpadas em quase neon) Não sei falar quase pouco (Mesmo ficando calado por vários séculos) ...