E eis-me aqui em certas tocaias
Mesmo sem saber se presa ou predador
Nada é tão diferente quanto o igual
E mesmo sem aviso o tempo corre
O mar canta a mesma das canções
Com a calma paciência que sempre tem
E continua rindo da vã tecnologia
Dos homens poeira pronta para o ar
Saias de qualquer tom anáguas brancas
Regras feitas para serem quebradas logo
Corações pendurados em certos galhos
Como as frutas desta fugaz estação
O sucesso de ontem o cadáver de hoje
O papel amarelou na fechada gaveta
Toda puta um dia foi um anjo de tranças
E o criminoso só empunhava brinquedos
Toda raiz tem certos e pequenos melindres
Mesmo quando pareça que não há nenhum
Nossa superstição baseada nesta vil lógica
Que nos faz cair mesmo sem haver queda
E eu até entendo certos sons até silenciosos
Parecidos com algumas doses tão únicas
Como parques e cinemas e dias mais antigos
Pois eis-me aqui em certas tocaias...

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