Os meus gritos levaram-me para longe de mim,
Eu, pós-rosa, de algum lugar desconhecido
Que pode ser bem logo ali em um beco...
O meu olhar está falecido desde séculos
E mais nada pode me impedir
De morrer mais uma vez novamente...
O álcool sobe à cabeça quase sempre
Eu, pós-rosa, de algum lugar sujeira
Que pode ser logo ali em qualquer monturo ...
Os meus pés se equilibram na calçada
Esperando qualquer tombo
Para que lá permaneça de vez...
Trago em mim toda maldade do mundo
Eu, pós-rosa, dona de tantos vícios
Como um abutre espero tua carne...
Nada é, tudo foi ou tudo será
Meus protestos na praça não adiantam
Procuro uma nova caverna que me abrigue...
Traga-me logo qualquer um céu
Eu, pós-rosa, sordidez em pessoa
Como qualquer um poderá ser...
Vou engolir tua boca mal pintada,
Rasgar tuas carnes com as unhas sujas,
Cuspir de nojo e desejo conjuntamente...
Façamos com dois estranhos que somos,
Eu, pós-rosa, está tudo quase morto,
Agora não sei quem primeiro irá embora...
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