sexta-feira, 3 de março de 2023

Alguma Brincadeira

Apenas nome
E a cor da pele recordando dias
Escorrem-se águas em paredes de limo
Como história mal contada e querida
Deixem-me dormir!
Quando fecho meus olhos
Algumas nuvens até aparecem...
Mesmo se não há estética alguma...
Eu me mordo
Quando a fome me diz gracejos
E meus ouvidos não podem ignorar
Porque o estômago diz mais impropérios
E a rua toda pode escutar...
Quando finjo estar tudo bem
Aí então que está tudo tão mal...
Apenas pedidos
Que nunca serão atendidos
Apenas algumas rimas coincidentes
Como todo o inesperado que alegra
Mesmo que o por-enquanto seja sempre
O que queremos evitar...
Eu coloco muitos adjetivos sim!
Esbanjo naquilo que assim puder...
Procuro socorro em algum site
Como quem cata lata depois da festa...
Nenhum beijo
Como quem mora num beco (caverna)
E de lá nunca mais sairá...
Estou roendo ossos como sempre
E talvez um dia roerão os meus...
Todos têm medo da minha inocência
Assim como da morte que não virá...
Uma pedra,
Duas pedras,
Três pedras,
Saem correndo sobre águas
Enquanto correm (ou não?...!)
Toda história está morta,
Só as mentiras permanecem...
Vim noticiar algo que nunca aconteceu...
Sorrio tentando pegar jeito
Pedindo a algum canto da boca que aceite
Este riso que não tenho mais...
Todas as horas - todas elas -
O sino há de tocar em algum lugar
Para que a terra engula outra pessoa...
Quem disse que sou alguma coisa?
Nem coisa e nem alguma...
Que eu me lembre por agora
Não comprei nenhuma filosofia...
Não comprei nem um pão...!
Vamos dançar um xaxado na calçada?
De graça até tiro na testa...
Quase feito uma maré
Em todos os detalhes que possam existir
Inclusive meus brinquedos quebrados...
Meu dia com trinta horas
E a mesmo agonia do quase igual...
As paredes não gostam de rir, pois sim?
Flechas sem arcos e alvos inexistentes
Apenas um café sem açúcar
Como num desenho desanimado...
Perdi minha agenda
E a coitada anda meio vazia...
Estadias no inferno totalmente gratuitas
Para os primeiros clientes!
Apenas nome...

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