Mesmo no ocaso
quando uma morbidez pálida
nos atinge
e somos indiferentes
aos símbolos apagados nas paredes
o nosso paganismo brilha...
Pirilampos, estrelas em folhas,
rosas com certa timidez...
Dama sem camélias,
vento parado...
Mesmo na solitude
quando um dilema atroz
nos persegue
e somos invisíveis
aos modismos apegados às solidões
o nosso bailado ensandece...
Colibris, cidadãos de jardins,
margaridas de prata...
Comédia sem riso,
velha fantasia...
Mesmo na indecisão
quando dias mórbidos surgem
nos afetam
e somos paródias
dessa nossa mesma ilusão
o nosso esquecimento triunfa...
Celacantos, silêncio absoluto,
comédias sem graça...
Batidas cardíacas,
a dívida só aumenta...
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