domingo, 26 de março de 2023

Alguns Poemetos Sem Nome N° 230

O que se entende, o que não se entende. Nem toda lógica funciona. aliás. a maioria delas. Vivemos num mundo assim, quase mundo talvez. Onde a maldade é o prato do dia. Duvido de tudo agora. Principalmente de bondades. Humanos, idiotas de carteirinha. Desconhecemos a imortalidade, mas cagamos no tempo...


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No meio da escuridão ando...

O espaço agora vale menos que o tempo...

O espaço fica ali parado

Enquanto o tempo vai ao meu encalço...

O espaço pode me cansar

Mas o tempo é quem ri da minha cara...


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Gravidade zero,

Meus sonhos girando pelo ar...

Risco total,

Pela tristeza de matá-los...

Luto fechado,

Todos foram embora...

Solidão absoluta,

Nem eu mesmo me quero...


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Pressa:

Inimiga de todos os relógios,

De todos eles,

Velhos ou novos...

Sonho:

Carrasco de todos os seres,

De todos eles,

Fáceis ou impossíveis...

Paixão:

Monstro emergindo da lagoa,

De todas elas,

Para nos engolir de vez...


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O cantor cantava sem saber,

O burguês queria dinheiro para nada,

O cidadão comum pulava no abismo,

A massa não possuía piedade alguma,

Todos os meus versos gemiam,

A fome batia palmas efusivamente

Para a morte de qualquer um...


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Mentira - prato do dia

Mentimos por gosto - sem problemas

O mundo é assim - o mesmo circo de feras

Morte por palavras - a nova moda

Olhar para o lado - quem sofre é invisível

Um dia acabará? - nunca saberemos

Os seres são assim - mesquinhos ao extremo


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Vou-me embora, mas não pra Catende,

eu nem sei em que direção fica...

Vou-me embora de mim mesmo,

para o mais longe possível...

Não irei para o mar, um dia eu iria,

mas agora ele fica longe de minh'alma...

Não quero mais voar, já quis,

a tontura me atinge e me aflige...

Talvez procure alguma caverna por aí,

a caverna mais profunda de todas elas,

aquela que eu mesmo cavei em meu peito...

Vou-me embora, mas não vou pra Catende,

mas nem ao mesmo Pássargada, nunca mais...


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