O que se entende, o que não se entende. Nem toda lógica funciona. aliás. a maioria delas. Vivemos num mundo assim, quase mundo talvez. Onde a maldade é o prato do dia. Duvido de tudo agora. Principalmente de bondades. Humanos, idiotas de carteirinha. Desconhecemos a imortalidade, mas cagamos no tempo...
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No meio da escuridão ando...
O espaço agora vale menos que o tempo...
O espaço fica ali parado
Enquanto o tempo vai ao meu encalço...
O espaço pode me cansar
Mas o tempo é quem ri da minha cara...
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Gravidade zero,
Meus sonhos girando pelo ar...
Risco total,
Pela tristeza de matá-los...
Luto fechado,
Todos foram embora...
Solidão absoluta,
Nem eu mesmo me quero...
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Pressa:
Inimiga de todos os relógios,
De todos eles,
Velhos ou novos...
Sonho:
Carrasco de todos os seres,
De todos eles,
Fáceis ou impossíveis...
Paixão:
Monstro emergindo da lagoa,
De todas elas,
Para nos engolir de vez...
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O cantor cantava sem saber,
O burguês queria dinheiro para nada,
O cidadão comum pulava no abismo,
A massa não possuía piedade alguma,
Todos os meus versos gemiam,
A fome batia palmas efusivamente
Para a morte de qualquer um...
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Mentira - prato do dia
Mentimos por gosto - sem problemas
O mundo é assim - o mesmo circo de feras
Morte por palavras - a nova moda
Olhar para o lado - quem sofre é invisível
Um dia acabará? - nunca saberemos
Os seres são assim - mesquinhos ao extremo
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Vou-me embora, mas não pra Catende,
eu nem sei em que direção fica...
Vou-me embora de mim mesmo,
para o mais longe possível...
Não irei para o mar, um dia eu iria,
mas agora ele fica longe de minh'alma...
Não quero mais voar, já quis,
a tontura me atinge e me aflige...
Talvez procure alguma caverna por aí,
a caverna mais profunda de todas elas,
aquela que eu mesmo cavei em meu peito...
Vou-me embora, mas não vou pra Catende,
mas nem ao mesmo Pássargada, nunca mais...
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