Calçadas
rudes soleiras
mais nada
famílias inteiras...
Calçadas
queira não queira
mancadas
a grande besteira...
Eu ando na minha cidade aflito
onde o feio toma lugar do bonito
e os pombos vão testemunhando
a vida que termina continuando...
Eu olho para todo o lado
tenho medo de ser assaltado
tenho medo de ser o próximo alvo
pretendo chegar são e salvo...
Calçadas
tristes maneiras
escadas
pras ribanceiras...
Calçadas
repousa a poeira
mais nada
a morte é certeira...
(Extraído da obra "Eu Não Disse Que Era Poeira?" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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