segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Alguns Poemetos Sem Nome Número 38

Resultado de imagem para menino tomando café da manhã
Correntes caseiras é o que temos
correntes pessoais é o que fabricamos
em cada nuance vislumbrado
mais um novo pesadelo à ser vivido
tal real como todos nossos desejos

Cela coletiva é o mundo que vivemos
cela individual sem porta e sem janela
mas nunca vamos fugir delas
porque nosso papel há de ser cumprido
mesmo que custe todo tédio e frustração 

Batemos de cara no muro e estamos feridos
mas nunca iremos perceber tal coisa...

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cansado de me cansar
eis minha sina
sonhador às avessas
doem-me as feridas
que eu mesmo fiz...

cansado de me cansar
eis minha meta
sobrevivente quase morto
entre vida e morte
não sei onde vou...

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quero fazer meu mundo...

pode ser de simplicidade
pouco me importa
copos d'água 
flores sem cor determinada
a classificação geral
já era...

quero fazer meu mundo...

de pedras inteligentes
e montanhas amigáveis
onde o mau-humor
virou as costas
e se foi...

quero fazer meu mundo...

que tenham dias constantes
sem tristes madrugadas
e velhas festas
voltem finalmente
para sempre...

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sei que é errado
remoer coisas do passado
tudo está morto e enterrado
mas a dor continua...

sei que é errado
andar sem ter andado
sonhar sem ter sonhado
minh'alma é tua...

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Dias frios 
erros mudos
daquele que é apático
e não chora mais
que para si mesmo
Nada levamos
até as lembranças
se esvaem
e aí nada mais resta
que lamentar
a bondade perdida...

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como livrar-me da loucura
se ela mesma amparou-me
em meus maiores desesperos?

como acompanhar a lucidez
se ela só me deu o tédio
que me matou sentando na sala?


como manter-me correto
quando a apatia virou lei
e meu próximo morre ao meu lado?

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um grande teatro
é o que temos
independente 
de que hajam sóis ou chuvas
há um dualismo presente
em tudo que há
tristeza e alegria
acabam se confundindo
como o café e o leite
que o menino bebe
tranquilamente 
todas as manhãs...

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