terça-feira, 29 de outubro de 2019

Alguns Poemetos Sem Nome Número 39



Eu me confundo comigo mesmo
e nesta mistura faço a minha festa
os sentimentos vestem suas fantasias
e existe lugar para o comum e o óbvio
inventar pode ser até engraçado
mas todos os caminhos são caminhos
nada mais tenho à declarar
à não ser aquilo que escondo
há séculos sob a poeira do meu desejo...

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Final triste
final feliz
na verdade são todas histórias...

Grandes histórias
curtas histórias
eu pensava em tanta felicidade...

Quentes dias
frios dias
todos ele passaram afinal...

Todos opostos acabam chegando
e o destino se diverte sempre...

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Quase morte, quase não,
não é bem essa a questão,
quase calma, quase aflição
eu queria, mas queria não
continuar só na escuridão...

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Todos os domingos
já viraram segundas-feiras
e as quartas 
são mais desesperantes ainda
nunca me chame para beber
se não há embriaguez suficiente
e nem velhas paisagens
para se olhar
sim, todas as chances são perdidas
quando os segundos tropeçam

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acabei de morrer
não sinta dó de mim
tudo ainda na velha máquina
está mais ou menos no seu lugar
é que se morre 
em muitas proporções
e estou numa delas
a morte de amor é a pior
acabei de morrer
não se aproximem do morto...

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todos os castelos caem
uns mais depressa outros não
os de pedra sempre caem
mesmo se permanecem de pé
alguns de cartas caem
mas continuam em seus sonhos
os sonhos não morrem
quando muito
vão andar em outros caminhos

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sereia
o que serei eu?
apenas areia...

e talvez uma conchinha largada
no nada
de uma praia vazia
e a vida 
tão fria...

estrela
onde estás? aqui...
tão perto e tão longe
e ainda nem parti...

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