Fatos e gestos como jornais velhos tão fáceis de se rasgar. Eu gargalho fartamente para todas as luzes noturnas que agora voam em volta de mariposas solitárias sob o espetáculo de uma chuva fininha.
Acendo um cigarro como quem faz uma derradeira prece. Sei que sou errado, mas quem não o é?
Há velhas lendas que caem de suas empoeiradas prateleiras. Os ventos trazem mais notícias de que toda a mídia junta com seu vão esforço de desorientar todas as cabeças ao mesmo tempo.
Disparo flechas diferentes para o mesmo alvo. Talvez uma delas acerte, isso se não acertar meu coração.
Acabei me acostumando com incômodas pedrinhas ferindo os meus pés. Muitas histórias são contadas, mas quem as conta acaba se esquecendo que o desenrolar da trama possui mais sabor que princípio e fim.
Tudo depende dos pontos de vista. Choros reais e futilidades acabam se emaranhando em frágeis teias.
Alguns detalhes são mais importantes que o conjunto total da obra. As pequenas flores acabam contribuindo para a majestade da obra-prima, assim como o buraco da formiga coloca no chão o grande dique.
Algumas cenas insólitas podem ser repetidas. Como círculos todas as cogitações filosóficas enchem os tratados.
Explodem fogos pelo ar com ou sem motivo algum. Vamos celebrar o incomum e o mero, parceiros de um novo jogo que acaba de surgir, novidade de mais de mil séculos e presente para a nossa posterioridade.
Eu acabo gemendo feito um inadequado poema. Me conquiste como se faz aos leões, fazendo carinho em sua juba.
As ruas andam por si mesmas em siderais indagações. Já existem cidades esparsas por calçadas malvadas em invisibilidade apática que só nos levará ao aniquilamento do que somos confirmando teorias mal-humoradas.
A torcida acaba torcendo e distorcendo toda a plausibilidade do que lhe interessa. Verdade ou não é apenas um mero detalhe.
Há vários cadáveres empilhados em meu cinzeiro. Cada desilusão já subiu ao ar em forma de indecifrável pedido de socorro com seu cheiro enjoativo como nas necrópoles, diariamente o desespero bate o seu cartão de ponto.
Eu queria apenas não ser mais um no meio de muitos. Isso é apenas um pequeno detalhe que passa desapercebido.
Fatos e gestos como jornais velhos tão fáceis de se esquecer. Eu gargalho fartamente para todas as luzes noturnas que agora voam em volta de mariposas solitárias sob o espetáculo de uma chuva fininha e continuo andando feito vampiro que dispensa sangue...
(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida).
Há velhas lendas que caem de suas empoeiradas prateleiras. Os ventos trazem mais notícias de que toda a mídia junta com seu vão esforço de desorientar todas as cabeças ao mesmo tempo.
Disparo flechas diferentes para o mesmo alvo. Talvez uma delas acerte, isso se não acertar meu coração.
Acabei me acostumando com incômodas pedrinhas ferindo os meus pés. Muitas histórias são contadas, mas quem as conta acaba se esquecendo que o desenrolar da trama possui mais sabor que princípio e fim.
Tudo depende dos pontos de vista. Choros reais e futilidades acabam se emaranhando em frágeis teias.
Alguns detalhes são mais importantes que o conjunto total da obra. As pequenas flores acabam contribuindo para a majestade da obra-prima, assim como o buraco da formiga coloca no chão o grande dique.
Algumas cenas insólitas podem ser repetidas. Como círculos todas as cogitações filosóficas enchem os tratados.
Explodem fogos pelo ar com ou sem motivo algum. Vamos celebrar o incomum e o mero, parceiros de um novo jogo que acaba de surgir, novidade de mais de mil séculos e presente para a nossa posterioridade.
Eu acabo gemendo feito um inadequado poema. Me conquiste como se faz aos leões, fazendo carinho em sua juba.
As ruas andam por si mesmas em siderais indagações. Já existem cidades esparsas por calçadas malvadas em invisibilidade apática que só nos levará ao aniquilamento do que somos confirmando teorias mal-humoradas.
A torcida acaba torcendo e distorcendo toda a plausibilidade do que lhe interessa. Verdade ou não é apenas um mero detalhe.
Há vários cadáveres empilhados em meu cinzeiro. Cada desilusão já subiu ao ar em forma de indecifrável pedido de socorro com seu cheiro enjoativo como nas necrópoles, diariamente o desespero bate o seu cartão de ponto.
Eu queria apenas não ser mais um no meio de muitos. Isso é apenas um pequeno detalhe que passa desapercebido.
Fatos e gestos como jornais velhos tão fáceis de se esquecer. Eu gargalho fartamente para todas as luzes noturnas que agora voam em volta de mariposas solitárias sob o espetáculo de uma chuva fininha e continuo andando feito vampiro que dispensa sangue...
(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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