Tudo que não há e muito mais. Besteiras importantes para nossa aflição. Doces para as dores de nossas cáries. E nossos bolsos vazios andando por aí. Andar e sempre sem nenhuma direção. É a moda! É a soda! É a foda! E todos os desatinos que aprendemos à falar. Viva nosso português errado! E as gírias mais escrotas que aparecem em cada momento! Zás! Presto! A grande mágica é poder viver por mais um dia. O grande truque é fugir dos ataques da fera da vida cada minuto. E colocar a cabeça no travesseiro carregando todas as culpas que existem pelo mundo afora. Onde está Deus? Está em cada moeda que se conta ávidamente. Onde está a piedade? Desceu amarga em toda garganta em gestos totalmente voluntários. Não resolvamos todas as questões. Porque isso não nos é permitido. E afinal de contas o proibido nos atrai bem mais. Somos o que somos. Réus confessos de um crime que caducou. Contemos cada um a história ao seu modo. Será um grande prazer matar cada sorriso que não for o nosso. As piadas de mau-gosto são todas bem vindas. E rir da desgraça alheia já virou um excelente ofício. Não é porque nossa consciência morreu. Ela foi subornada e trocou de lado. A morte parou de assustar. É que a procuramos sem ao menos saber. O que comemos. O que bebemos. Tudo vindo aos poucos com os modismos mais exagerados possíveis. Somos galos cantando ao mesmo tempo no dia que ainda nem amanheceu. Eu me canso sem fazer nada e durmo o sono dos justos. Eu não sou nada nem para eu mesmo. E mal sei assinar meu nome em paredes já sujas. Todo o ridículo me persegue e eu nem sabia disso. Uma perseguição implacável que nem filme americano. Ou um crime passional do interior. Chove e é tão chato. Não dá para as aventuras pelos quintais. E nem as andanças à toa nas ruas que algumas nem mesmo conheço. Desprezo o perigo. Nunca tenho saudade. A não ser das bundas e pernas que perdi. Rio de tudo. Até de enigmas decifrados e comoções nacionais. Choro por tudo. Principalmente das liquidações que perdi...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
terça-feira, 25 de agosto de 2015
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Alguns Poemetos Sem Nome N° 322
O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...
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O caminho que vai dar no mar. Consequências de tudo o que pode acontecer. E lá estão barcos e velas incontáveis. E amores em cada porto ...
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Não sabemos onde vamos parar Mas qualquer lugar é lugar Quantos pingos nos is temos que colocar Quantos amores temos que amar Quantos ...
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Um sorriso no escuro Um riso na escuridão Um passado sem futuro Um presente em vão... Mesmo assim insistindo Como quem em a...
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