Nem sempre os sábios têm razão...
E há muitas bocas fechadas por outra questão.
Nem sempre as rezas sobem aos ares...
E nos humanos corações há vários pesares.
É o pão que anda faltando na boca...
E uma febre chegando e sempre muito louca.
É a sede que ainda castiga toda alma...
E todos os princípios acabam com a calma.
É a guerra que acaba com paredes e vidas...
E não há tempo nem para as despedidas.
Falta há muito tempo o abrigo e o porto...
E existem muitos enterros com nenhum morto.
E cada cidadão sai na rua muito assustado...
Qual será a próxima que nos fará o Estado?
Este mesmo Estado que vai fazendo covardias...
E que vai matando aos poucos todos os dias.
Eu não tenho nem dois tostões no bolso...
Mas algumas rimas ainda causam alvoroço.
Eu não sou proprietário nem do meu nariz...
E desconhecemos quem já foi um dia feliz.
Mas eu grito e às vezes só sei mesmo gritar...
Não sei flexionar alguns verbos só o verbo amar.
Não mexam na fogueira ela ainda está acesa...
E cada respiro é pra nós apenas uma surpresa.
Não conheço muitos caminhos só o do meio...
Mas muitas histórias me deixam de saco cheio.
Esperar não faz mais parte de nossos planos...
As promessas já duram muitos e muitos anos.
Nem sempre os sábios têm compaixão...
E há muitas bocas fechadas sem nenhuma razão...
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