O nada é tudo!
Seja trapo ou seja veludo!
É que estamos dormindo e nem vemos
A felicidade que afinal nem conhecemos
Porque ser feliz é algo bem diverso
Deste sentimento que temos tão perverso!
O nada é tudo!
Seja gritando ou seja mudo!
Temos bolsos cheios corações vazios
As mãos paralisadas e os dedos frios
Porque acaba morrendo nossa ternura
Mesmo com a luz acesa a vida é escura!
O nada é tudo!
Seja frágil ou seja escudo!
Afinal quem é que ganhou a corrida?
A morte sempre vem buscar a vida
E as coisas acabam ficando por aí
E os sonhos? Os sonhos eu nunca vi!
O nada é tudo!
Seja entretanto ou seja contudo!
Vamos vivendo sob uma eterna balela
Expressar nossas emoções diante da tela
O povo perde a noção do tamanho
É o mesmo abismo e o mesmo rebanho!
O nada é tudo!
É tudo! É tudo! É tudo!
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