Não me dite regras, me dê rosas,
É agora a sua estação.
Não me dê metas, estimativas,
Eu só conheço meu coração.
Não me coloque amarras, me beije,
Isso aumenta o meu tesão.
Eu não escondo os meus pecados,
Não há fantasmas lá no porão.
Não me prenda aqui, me solte,
Lá fora tem a imensidão.
Além existem rios e têm mares,
Eu tenho minha embarcação.
Abra a janela, já sei o que é voar,
Ficar me faz ter aflição.
Há muito sei o que é o sofrer,
Passageiro da ingratidão.
Há muitos carnavais, eu bem sei,
Faz parte de uma exaustão.
E como envelheceu a minha fantasia,
Mas isto é uma outra questão.
E se as carpideiras choram, que chorem,
Faz parte de sua profissão.
Enquanto vou carregando meu tesouro,
Todos eles no meu caixão...
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