sábado, 25 de julho de 2015

A Morte das Coisas

Resultado de imagem para papéis rasgados
Até o que não tem olhos fecha os olhos
E quem não respira pára de respirar
O coração não bate mais em quem não tem
E até quem não sente também pára de amar

Até o sorriso da foto também desaparece

O tempo de agora vira apenas uma lembrança
Pela manhã o amanhecer enfim anoitece
E temos então a nossa mais velha criança

O brinquedo está sério em qualquer canto

A manchete agora é apenas mais um papel
Onde se embaralham letras e por enquanto
Não há mais novidade debaixo desse céu

A guerra acabou sem perdedor nem vencedor

O jogo da decisão também acabou empatado
O prazer acaba acabando sempre em dor
Foi tão bom mas agora viremos para o lado

Até o que é imóvel agora saiu correndo

E as pedras ficam chorosas com sua doença
Foi tudo em vão e vai tudo então morrendo
Sem ter tido em si qualquer uma diferença

Até o que não tem cansaço se cansa

E quem não respira pára de respirar
O coração não bate mais em quem não tem
E até quem não sente também pára de amar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...