terça-feira, 21 de julho de 2015

Cuidados Especiais Número 2


Há de cada um se cuidar
Para que o amor não morra
Por um simples palavra mal dita
E por um desencontro de um minuto
Mas isso é tão normal...

Há de cada um se cuidar

Para que a mente não enlouqueça
Por um rito e um ritual feitos errados
Por boas intenções mal interpretadas
E notícias mal faladas...

Há de cada um se cuidar

Para que o sonho não saia correndo
Como um menino que chora assustado
Pois os meninos choram muito e muito
Com cada detalhe escapado...

Há de cada um se cuidar

Para que as bandeiras não machuquem
E para que as fronteiras não magoem
Tudo é igual debaixo do velho sol
E nada podemos carregar pra sempre...

Há de cada um se cuidar

Para que seus espinhos não firam tanto
E seus sonhos não acordem aos outros
Cada passo deve ser com pés de algodão
E cada pranto sua hora de poder secar...

Há de cada um se cuidar

Para que as armadilhas sejam inúteis
E os passarinhos voem soltos por aí
Ainda é hora de nossa brincadeira
E se ela não acabar melhor ainda...

Há de casa um se cuidar 

Para que não aconteça mal nenhum...

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Poesia Gráfica LXXXVI

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