Aos malditos é que eu escrevo
É para eles meus sinceros versos
Os meus melhores momentos devo
Mesmo sob meus olhos mais perversos
Aos que já não possuem mais nada
Aos que fizeram da noite o seu dia
Dedico à eles o meu choro na calçada
A tristeza e a rudez de minha poesia
Aos viciados que enchem sua cara
Aos que tropeçam indo direto no chão
Para todos os que a vida nem repara
E mesmo assim não pára o coração
Às putas que queriam ter o seu lar
Aos desenganados que queriam sua cura
Os que desconhecem o gosto do verbo amar
E os que possuem a alma mais obscura
Aos que riem por qualquer um motivo
Aos que não sabem chorar pelo dinheiro
É o louco pela vida e por estar agora vivo
Faz do contentamento o seu companheiro
Aos que quebram regras e superam barreiras
Aos que nunca mais irão um dia desistir
Os que desprezam as falsas e boas maneiras
De uma velha sociedade que está à cair
Aos que fazem seus versos desconhecidos
Aos que os versos que poderiam ser mostrados
Contra todos os seus sistemas agora falidos
E finalmente aos que são só mal amados
Aos que são malditos... Aos que são malditos...
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