Só coma aquilo que for indicado mesmo que faça mal.
Só pense e tenha idéias que foram mandadas por moda.
Só vista a camuflagem que cobre as nossas fraquezas.
É a contagem regressiva para o fim do ser.
É o dia à dia com preocupações mais vãs.
É a falta do tempo que vai indo aos poucos.
Só conte histórias que nunca foram acontecidas.
Só beba aquilo que faz mal para cada célula.
Só pense pequeno de acordo com a mesquinhez humana.
É hora de assistir a novela que traz valores estranhos.
É a chance de ser rico e morrer cercado de solidão.
É o estado que vai delicadamente matando o paciente.
Só toque os acordes que doem aos seus ouvidos.
Só faça versos medíocres que não falem mais nada.
Só seja cheio de um grande vazio que preenche o peito.
É hora de rir da desgraça alheia em belas manchetes.
É o momento de aqui estarmos sem saber quais os motivos.
É a nossa chance de discursarmos sem saber a razão.
Só estamos na beira do abismo do comum normal.
Só fazemos aquilo que nossos votos loucos mandam.
Só existe a alegria de vermos cada choro alheio.
É hora de abrirmos nossa boca cheia de dentes amarelos.
É a vez de um tango argentino mostrar nossa trajetória.
É o decreto do estado de calamidade que vai o mundo.
Só há beleza real naquilo que nunca podemos ver.
Só há ternura naquilo que nos passa desapercebido.
Só há verdadeira estrutura na leveza que há no ar.
É hora de jogarmos inúteis coisas para cima.
É a vez de esquecermos regras vencidas e tortas.
É chegada a hora de um novo e verdadeiro carnaval.
Só coma aquilo que for indicado mesmo que faça mal.
Só pense e tenha idéias que foram mandadas por moda.
Só vista a camuflagem que cobre as nossas fraquezas.
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