terça-feira, 5 de agosto de 2014

Manipulação Social, Estado das Coisas



Só coma aquilo que for indicado mesmo que faça mal.
Só pense e tenha idéias que foram mandadas por moda.
Só vista a camuflagem que cobre as nossas fraquezas.

É a contagem regressiva para o fim do ser.

É o dia à dia com preocupações mais vãs.
É a falta do tempo que vai indo aos poucos.

Só conte histórias que nunca foram acontecidas.

Só beba aquilo que faz mal para cada célula.
Só pense pequeno de acordo com a mesquinhez humana.

É hora de assistir a novela que traz valores estranhos.

É a chance de ser rico e morrer cercado de solidão.
É o estado que vai delicadamente matando o paciente.

Só toque os acordes que doem aos seus ouvidos.

Só faça versos medíocres que não falem mais nada.
Só seja cheio de um grande vazio que preenche o peito.

É hora de rir da desgraça alheia em belas manchetes.

É o momento de aqui estarmos sem saber quais os motivos.
É a nossa chance de discursarmos sem saber a razão.

Só estamos na beira do abismo do comum normal.

Só fazemos aquilo que nossos votos loucos mandam.
Só existe a alegria de vermos cada choro alheio.

É hora de abrirmos nossa boca cheia de dentes amarelos.

É a vez de um tango argentino mostrar nossa trajetória.
É o decreto do estado de calamidade que vai o mundo.

Só há beleza real naquilo que nunca podemos ver.

Só há ternura naquilo que nos passa desapercebido.
Só há verdadeira estrutura na leveza que há no ar.

É hora de jogarmos inúteis coisas para cima.

É a vez de esquecermos regras vencidas e tortas.
É chegada a hora de um novo e verdadeiro carnaval.

Só coma aquilo que for indicado mesmo que faça mal.

Só pense e tenha idéias que foram mandadas por moda.
Só vista a camuflagem que cobre as nossas fraquezas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Carliniana XLV (Indissolúvel)

  Plano A... Plano B... O amor é uma pedra Que teima se dissolver na água Quem poderá consegui-lo? Plano A... Plano B... O pássaro encontrou...