sexta-feira, 22 de agosto de 2014

A Tristeza É Onde

A tristeza é onde? A tristeza é um caminhar vadio por entre calçadas noturnas onde um vento frio faz lembrar de velhos sonhos...
A tristeza é onde? É um rosto jovem envelhecido pelo tempo em que as esperança dançava por entre as flores de um jardim agora esquecido...
A tristeza é onde? É as cinzas de antigas fogueiras que testemunharam um riso franco de antigos namoros agora desfeitos...
E onde ela está agora? Num peito cheio de velhas emoções já carcomidas por uma realidade malvada que teima em não ir embora...
Eu andei por muitos caminhos e a poeira entranhou pela alma como quem morre em cada dia sem saber o porquê. 
Não me veja com maus olhos. Eu sou apenas um menino malvado que desconhecia suas maldades porque nasceu e viveu sem pedir isso...
Eu amei muitos amores calado olhando a idiotice dos seres e a fugacidade das coisas mais caras e mais raras que alguém podia querer...
Levantemos um brinde solenemente para as velhas piadas de final previsível e com a fantasia velha de um carnaval sem brincadeira alguma...
Eis a chave e só falta a porta. Eis o riso e só falta o verdadeiro motivo. Só falta o gosto pois há a língua. E os olhos procuram uma luz qualquer dentro de sua própria cegueira.
Pecados temos e muitos mas somos pecadores inocentes. Não inventamos tais injustas regras e nem tampouco as peças destes quebra-cabeças sempre incompletos.
Os insetos volteiam a lâmpadas. Borboletas e pirilampos já não existem mais...
A tristeza é onde? Está em cada bar e em cada embriagado de planos bons que já nasceram mortos na normalidade de um dia a dia sem problemas...
A tristeza é onde? Onde estamos e o vento já começa à soprar...

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