terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Insaneana Brasileira Número 16 – As Flores

o dia em que o dia foi dia e nada mais que isso sol e chuva são sol e tristezas fazem parte do que o nosso peito leva pra qualquer lugar a água e o sal em termos bem do jeito e assim letras e letras coordenadas em versos letalmente belos e selvagemente do jeito que devem ser tudo como deve ser é rápido é lépido é sensacionalmente estatístico como podemos ser em alerta sem problema algum amamos sim e nem por isso saberemos mais do que isso é uma fórmula mágica e ao mesmo tempo receita caseira tão boa quanto e como onde estão? em colunas novas de uma fumaça branquinha e legal são notícias vinte e quatro horas por dia falando as mesmas coisas nada que não seja previsto pelos senhores vá que consigamos e a coisa mude vai que o paciente melhore e ainda vai que o motor pegue e o carro suba a ladeira são novas elegias e alguns odes que nem precisamos entender sigamos as pistas do grande mistério e o grande mistério é o mais simples de ser conhecido e alguma vez que possa reconhecido talvez não me falem apenas deixem entrever quando será ou não houveram indícios de felicidade mas são apenas pedras rolando de ladeira acima mesmo sob a admiração de um grande público pagante nada à declarar por enquanto mas isso é apenas alguma coisa eu que tenha paciência e seja um paciente que quase não reclame de uma dor quase que maior ou não são registradas novas caras e velhas bocas e estados sem mais estrelas que outros o problema é uma linha em que andamos num novo jogo que os meninos inventaram damos nós em nós até poder mais ou não salve todo aquele que dança cordiais saudações para os que aindam viram ou não o nosso cordão que saúda e pede passagem viemos trazer a alegria que os palhaços esqueceram no bolso parece pouca e muita é uma alegria que tem até nome não há piada nova mas novos modos de contá-las é isso muito obrigado por nada e isso pode ser até bem essencial o povo haverá de entender mesmo com chinelas de dedo e eu falo e falo como quiser para que não entendam mesmo nem eu mesmo entendo e quando por acaso entendo faço uma festa em casa e que venha quem quiser o portão está só encostado mas a porta permanece aberta que pensem em novos medos pois eu prefiro o antigo a velha maquiagem que não precisa muito de espelho o que está no alto está no baixo ao alcance das mãos e eu mesmo sei disso há um bom par de anos desde que conheci as mesmas pílulas coloridas olá enfermeira quantos dias passei dormindo? alguns poucos segundos ou muitos séculos mas acordei acordando quero ter labirintos particulares onde possa realmente descansar qualquer comparação é apenas uma comparação e eu nem quero tocar neste assunto não há necessariamente necessidade sejamos protegidos de nós mesmos eu quero ser salvo de mim mesmo e da gula que se deixada poderá consumir até meus dedos e ainda deixarão meus anéis no mesmo lugar é o jeito às vezes apontar com o olhar horizontes e apenas mesmo com o olhar mais que eu possa ou deva mas farei ah! entendi... você quer mirabolantes manobras radicais e isso não chega nem mesmo na metade do sonho não me negue um prato de comida e nem um pouco mais do que isso as coisas irão para onde irem e isso pode ser um grande perigo ou só o que tem que ser agora ou não fiquemos tranquilos e vivamos enfrentando risos e tempestades e no mais quem sabe possamos beber um copinho de vez em quando nós aqui estamos e estamos aqui e isso nos fará tão bem como menos imaginamos é o que vai e vai e demos por encerrado a questão enquanto andamos por entre as flores...

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Carliniana XLV (Indissolúvel)

  Plano A... Plano B... O amor é uma pedra Que teima se dissolver na água Quem poderá consegui-lo? Plano A... Plano B... O pássaro encontrou...