o dia em que o dia foi dia e
nada mais que isso sol e chuva são sol e tristezas fazem parte do que o nosso
peito leva pra qualquer lugar a água e o sal em termos bem do jeito e assim
letras e letras coordenadas em versos letalmente belos e selvagemente do jeito
que devem ser tudo como deve ser é rápido é lépido é sensacionalmente estatístico
como podemos ser em alerta sem problema algum amamos sim e nem por isso
saberemos mais do que isso é uma fórmula mágica e ao mesmo tempo receita
caseira tão boa quanto e como onde estão? em colunas novas de uma fumaça
branquinha e legal são notícias vinte e quatro horas por dia falando as mesmas
coisas nada que não seja previsto pelos senhores vá que consigamos e a coisa
mude vai que o paciente melhore e ainda vai que o motor pegue e o carro suba a
ladeira são novas elegias e alguns odes que nem precisamos entender sigamos as
pistas do grande mistério e o grande mistério é o mais simples de ser conhecido
e alguma vez que possa reconhecido talvez não me falem apenas deixem entrever
quando será ou não houveram indícios de felicidade mas são apenas pedras
rolando de ladeira acima mesmo sob a admiração de um grande público pagante
nada à declarar por enquanto mas isso é apenas alguma coisa eu que tenha
paciência e seja um paciente que quase não reclame de uma dor quase que maior
ou não são registradas novas caras e velhas bocas e estados sem mais estrelas
que outros o problema é uma linha em que andamos num novo jogo que os meninos
inventaram damos nós em nós até poder mais ou não salve todo aquele que dança
cordiais saudações para os que aindam viram ou não o nosso cordão que saúda e
pede passagem viemos trazer a alegria que os palhaços esqueceram no bolso
parece pouca e muita é uma alegria que tem até nome não há piada nova mas novos
modos de contá-las é isso muito obrigado por nada e isso pode ser até bem
essencial o povo haverá de entender mesmo com chinelas de dedo e eu falo e falo
como quiser para que não entendam mesmo nem eu mesmo entendo e quando por acaso
entendo faço uma festa em casa e que venha quem quiser o portão está só
encostado mas a porta permanece aberta que pensem em novos medos pois eu
prefiro o antigo a velha maquiagem que não precisa muito de espelho o que está
no alto está no baixo ao alcance das mãos e eu mesmo sei disso há um bom par de
anos desde que conheci as mesmas pílulas coloridas olá enfermeira quantos dias
passei dormindo? alguns poucos segundos ou muitos séculos mas acordei acordando
quero ter labirintos particulares onde possa realmente descansar qualquer
comparação é apenas uma comparação e eu nem quero tocar neste assunto não há
necessariamente necessidade sejamos protegidos de nós mesmos eu quero ser salvo
de mim mesmo e da gula que se deixada poderá consumir até meus dedos e ainda
deixarão meus anéis no mesmo lugar é o jeito às vezes apontar com o olhar
horizontes e apenas mesmo com o olhar mais que eu possa ou deva mas farei ah! entendi...
você quer mirabolantes manobras radicais e isso não chega nem mesmo na metade
do sonho não me negue um prato de comida e nem um pouco mais do que isso as
coisas irão para onde irem e isso pode ser um grande perigo ou só o que tem que
ser agora ou não fiquemos tranquilos e vivamos enfrentando risos e tempestades
e no mais quem sabe possamos beber um copinho de vez em quando nós aqui estamos
e estamos aqui e isso nos fará tão bem como menos imaginamos é o que vai e vai
e demos por encerrado a questão enquanto andamos por entre as flores...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
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Alguns Poemetos Sem Nome N° 322
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