domingo, 4 de novembro de 2012

Entre


Ninguém escolhe. Pega e recolhe. E não dá mole. Ninguém tem pressa. Tá bom à beça. Não tem mais essa. Ninguém opina. Ninguém faz graça. A vida ensina. Que tudo passa. Ninguém faz festa. E nem faz fita. A flor que resta. É a mais bonita. E se não fosse. Nos tanto faz. Se o gosto é doce. Queremos mais. Se toca o som. Que mal tem nisso? Às vezes é bom. E às vezes vício. Trocaram o tom. Desde o início. Trocaram a rima. E a verdade. Tudo é o clima. Na maternidade. É a mesma lima. Pra humanidade. Não tem quem olhe. Caiu pegou. Toda coragem se encolhe. Perto de quem amou. Eu comprei a vida. Ou ela que me comprou? Tem que ser vivida. Enquanto o prazo não expirou. Tem que ser sentida. Dorida. Sofrida. Mesmo no meio do riso. Precisamos. Eu preciso. Ninguém faz regras. Mas alguém há de quebrar. Tudo é às cegas. E tu me negas. Até me dar. Me dar a chance. Mas me enganar. Quem quer alcance. Se alcançar. Ser ou não ser. Eis a questão. Não quero me aborrecer. Em pleno verão. Não quero parecer diferente. Da multidão. Não quero obedecer. Meu coração. Não há mais ciência. Não consciência. Não há nada mais. De janeiro à janeiro. A cabeça no travesseiro. E dormir em paz. A nova crença. É a nova moda também. Não há diferença. Entre o mal e o bem. 

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