quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Paraísos Artificiais Número 1


As novas drogas. 
Estão em voga.
Estão aí. 
A nova moda. 
A nova foda. 
À nos divertir. 
Novo temor. 
Novo assalto. 
O estupor. 
Morreu o salto. 
Mãos pro alto. 
Ai meu amor. 
Curral de gente. 
Tudo largado. 
Alma doente. 
Pobre do Estado. 
Pobre do mal. 
Pobre do bem. 
Mas no carnaval. 
Dizem amém. 
A nova onda. 
O novo brilho. 
A nova pane. 
Faça essa ronda. 
Se não é meu filho. 
Então se dane. 
Em todo canto. 
É o meu medo. 
Evite o espanto. 
Chegue mais cedo.
É o Mandrake.
Olha essa mágica.
Se fuma crack.
A coisa é trágica.
Mas é normal.
É só deleite.
É só enfeite.
Pro carnaval.
É tua a rua.
A rua é minha.
A rua é nossa.
Já tem mais lua.
Minha rainha.
A nova bossa.
Enquanto a grana.
Fizer a gana.
Toda semana.
Tem mais de um.
Enquanto a sede.
Fizer a rede.
Tem mais bebum.
Não há mais pena.
Ou até há.

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