Não sei onde vamos. Mas que vamos. Isso vamos. Com passos bem medidos como nunca foi. Numa sucessividade prevista do imprevisto. Há leis e leis. Mas nenhuma delas expressa nossa mágoa. Eu calo minha boca. Talvez o único direito concreto. E deixo o galo cantar até que ele canse. Podia ser de outra forma se assim quisessem. Mas o mais difícil é o comum. Tenham sol de reserva em seus bolsos. Pode ser que ele falte na hora mais necessária. E os anjos do céu digam amém. Tudo é poesia enquanto não incomoda. Tudo basta enquanto não atrapalha. Todo mundo é bom enquanto isso convêm. A desculpa é a mestra de todos erros. E se traveste em perdão como um lobo em pele de cordeiro. Não estamos fadados a nada desde que seja ao contrário. Grandes homens são aqueles que passaram de dois metros. Triste é a comédia. E as palavras são comichões que incomodam dispersos em minha pele. O lamento só acontece perto da tragédia. E o esquecimento esqueceu de ir embora. São lápides. Apenas isso. Cada poema é uma. Alguém lerá por curiosidade e nada mais. A vantagem disso tudo é muita. Contamos a piada para nós mesmos. Se querem aplausos usem suas próprias mãos. As mesmas que fazem o verdadeiro sexo. A consciência pesada caiu no chão. Vamos varrer para debaixo do tapete. Funerais são legais. É hora de fazer a mesma cena diversas vezes. A solidão não é a exceção. É a regra. Meditar é bom para quem aconselha. Mas quando o estômago dói a máscara cai. Não peça respostas. Eu só tenho as perguntas. Eu sou um triste. E os tristes na verdade não têm pena. Nunca têm. É mais um engano como qualquer outro. Lembram daquele tempo? Pois é. O que fizeram lá está aqui. Gostaram do que fizeram? Ótimo. Forjaram a lâmina que os decapitará. Foi sem querer? Ótimo. Inocentemente o mesmo demônio comerá suas vísceras. Cada dia desde aquele momento. Um pedaço de cada vez. Porque a homeopatia nesse caso da certo. É tarde. Já inventei palavras que só eu mesmo entendo. Não esperem mais nada. Quem deve paga. Ou não paga. E o não-pagar é uma forma válida como qualquer outra. Tiradas geniais e idiotas também. Tudo é tradição depois de muita insistência. Nada deu certo. Só permaneceu. A carne se acostumou com o espinho. A rosa emprestou e não quer de volta. O sangue pingou no chão. A terra sempre come. Quem dá merece ter. É matemática. É química. Por favor. Filosofia. Queira ter a bondade de se retirar. Sua ajuda foi tanta. Que facilitou o trabalho da covardia. Nem sempre são covardes os que apanham. Mas o que batem e vão dormir tranquilamente. Sem comentários como sempre foi. Vocês são os bons. Fiquem com o que é seu. Vocês são os filhos. Eu não pedi nada. Obrigado por tudo. E por nada. Já estamos de partida faz muito tempo...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
domingo, 18 de novembro de 2012
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Alguns Poemetos Sem Nome N° 322
O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...
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O caminho que vai dar no mar. Consequências de tudo o que pode acontecer. E lá estão barcos e velas incontáveis. E amores em cada porto ...
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Não sabemos onde vamos parar Mas qualquer lugar é lugar Quantos pingos nos is temos que colocar Quantos amores temos que amar Quantos ...
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Um sorriso no escuro Um riso na escuridão Um passado sem futuro Um presente em vão... Mesmo assim insistindo Como quem em a...
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