Aquele história esquecida será uma mancha em minha mente. E uma ferida em meu coração. Me perturbará todos os dias. E mesmo que isso seja inconsciente.
Eram todos os dias. O corpo acima do peso e enfadado da vida obedecia aos meus caprichos. E mesmo com o medo presente de cada brincadeira de mau gosto. Eu te buscava. Como era lindo chegar cedo e ficar sozinho. E quando você chegava com aquela cara de sono. Era até mais linda. De olhos claros. E aparelho nos dentes. O cabelo amarrado pra cima. Como era linda.
E eu falava tudo o que podia. Menos aquilo que queria. Eu era o açoitado que pedia mais. Eu era o andarilho num deserto de multidão. Diferente. Palavra maldita que me afligia. Nas piadas. Nos trotes. Na vida vazia de escola e casa. A casa era a cela. E a escola o pátio onde se toma sol. Mas de nada adianta.
Eu nunca fui só o amigo. Eu amei. Como nunca antes. E nem depois. E fiz a companheira das noites que não havia sono. E consolo para cada coisa que não escolhia. Cada tapa. Cada empurrão. De mãos e da vida.
Nem por isso me enganei. Todos amavam. Todos queriam. E nessa corrida eu só chegaria em último. Andando. Como quem não desiste. E nem por isso ganha a maratona.
Não há rosas nesses versos. Nem rosas na tua partida. E nem na pouca coisa que restou. Nem naquela vez depois. Nem na rua quando da guerra.
Não há rosas e nem ervas. O chão está seco. Ou cimentado. A vida continua na mesma mesmice de dizer tudo atrasado. Está tudo errado. E a culpa já é do réu antes do julgamento. Provar inocência é nesse caso indício de culpa.
As bruxas estão amarradas nos postes. Salvem suas almas queimando suas carnes. Gritar é só mais uma prova do erro. Reclamar é proibido. Paguem primeiro a conta e depois vão embora.
Se adianta alguma coisa. Mesmo que valha só um riso. E o deboche nasça no único lugar onde não vi tal coisa. Deixa eu falar depois de tanto tempo:
- Eu te amo!
(Para Mônica de Souza Araújo, meu grande amor de adolescente).
E eu falava tudo o que podia. Menos aquilo que queria. Eu era o açoitado que pedia mais. Eu era o andarilho num deserto de multidão. Diferente. Palavra maldita que me afligia. Nas piadas. Nos trotes. Na vida vazia de escola e casa. A casa era a cela. E a escola o pátio onde se toma sol. Mas de nada adianta.
Eu nunca fui só o amigo. Eu amei. Como nunca antes. E nem depois. E fiz a companheira das noites que não havia sono. E consolo para cada coisa que não escolhia. Cada tapa. Cada empurrão. De mãos e da vida.
Nem por isso me enganei. Todos amavam. Todos queriam. E nessa corrida eu só chegaria em último. Andando. Como quem não desiste. E nem por isso ganha a maratona.
Não há rosas nesses versos. Nem rosas na tua partida. E nem na pouca coisa que restou. Nem naquela vez depois. Nem na rua quando da guerra.
Não há rosas e nem ervas. O chão está seco. Ou cimentado. A vida continua na mesma mesmice de dizer tudo atrasado. Está tudo errado. E a culpa já é do réu antes do julgamento. Provar inocência é nesse caso indício de culpa.
As bruxas estão amarradas nos postes. Salvem suas almas queimando suas carnes. Gritar é só mais uma prova do erro. Reclamar é proibido. Paguem primeiro a conta e depois vão embora.
Se adianta alguma coisa. Mesmo que valha só um riso. E o deboche nasça no único lugar onde não vi tal coisa. Deixa eu falar depois de tanto tempo:
- Eu te amo!
(Para Mônica de Souza Araújo, meu grande amor de adolescente).
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