Não havia tempo para que o tempo parasse
E em mudas visões houveram mais gritos
A perfeição é a meta dos que nada entendem
Ou nada querem ou nada esperam
Dependendo da perspectiva de quem veja
São muitas cenas em um ato só
Com diversos monólogos simultâneos
Representados somente por surdos atores
Não é o vidro que embaça a vista
Nem são estranhos sons que nos invadem
O peito é uma fortaleza inexpugnável
Mas quem só mortos estão lá dentro
O pano sobe e o pano desce
E novas velhas fotografias são feitas
Amizade em textos sóbrios ou loucos
Eu sei aonde está a chave
Mas não sei onde está o baú
As palavras estão vindo na boca e nos olhos
E lá se espalham diretamente para o ar
Eu nunca vi os peixes
Mas sempre estive lá na ponte
E quando o mar avançava em ondas
Assim iam meus sonhos para distantes lugares
Minhas lágrimas eternizadas e escorridas
São protagonistas de velhos mambembes
Alegria e tristeza são moças de família
Que passam de mãos dadas
Por um jardim de brancas nuvens
Onde brotam maçãs douradas e rosas azuis
Hoje é dia de todo o dia!
Salve o cordão mágico de meus sapatos!
Ninguém pinta a cara melhor do que eu!
Há muito esqueci meu rosto num espelho
E agora o procuro em todos
São infinitos labirintos e intricadas cirandas
São normas refeitas e desordenadas leis
Os cigarros que não fumei me matando aos poucos
Espreitam meus passos sempre
Mas eu os despisto e sigo em frente
Acabaram-se os refrões
E as falas calaram-se claramente
As luzes se apagaram de repente
E um repente novo irá gargalhar
Todas as perguntas irão ser repetidas
Para que novas respostas apareçam
O poeta morrerá um dia
Mas o verso desconhece seu fim
O ator voltará ao seu mundo
Mas nunca sairá do sonho
A obra acaba superando o criador
A loucura é a mãe da lucidez
E só ela acende a luz desse escuro quarto
Palmas, senhores! Palmas!
E novas velhas fotografias são feitas
Amizade em textos sóbrios ou loucos
Eu sei aonde está a chave
Mas não sei onde está o baú
As palavras estão vindo na boca e nos olhos
E lá se espalham diretamente para o ar
Eu nunca vi os peixes
Mas sempre estive lá na ponte
E quando o mar avançava em ondas
Assim iam meus sonhos para distantes lugares
Minhas lágrimas eternizadas e escorridas
São protagonistas de velhos mambembes
Alegria e tristeza são moças de família
Que passam de mãos dadas
Por um jardim de brancas nuvens
Onde brotam maçãs douradas e rosas azuis
Hoje é dia de todo o dia!
Salve o cordão mágico de meus sapatos!
Ninguém pinta a cara melhor do que eu!
Há muito esqueci meu rosto num espelho
E agora o procuro em todos
São infinitos labirintos e intricadas cirandas
São normas refeitas e desordenadas leis
Os cigarros que não fumei me matando aos poucos
Espreitam meus passos sempre
Mas eu os despisto e sigo em frente
Acabaram-se os refrões
E as falas calaram-se claramente
As luzes se apagaram de repente
E um repente novo irá gargalhar
Todas as perguntas irão ser repetidas
Para que novas respostas apareçam
O poeta morrerá um dia
Mas o verso desconhece seu fim
O ator voltará ao seu mundo
Mas nunca sairá do sonho
A obra acaba superando o criador
A loucura é a mãe da lucidez
E só ela acende a luz desse escuro quarto
Palmas, senhores! Palmas!
Nenhum comentário:
Postar um comentário