entre encenações e cenas vivemos e nem sabemos até quando falem o que quiserem na mesma ponte ainda existem sonhos e sonhos e amigos e amores inauditos quando quisermos nada é tão como o melhor eu conto as estrelas até o fim e ainda conto de novo só por brincadeira eu mudei? não sei só sei que os verbos conjugam-se sozinhos em matérias mais ou menos sensacionais pela internet cadê a estrela? mandou mil beijos para a platéia sem que o poeta tenha tempo para recolhê-los em seus pobres versos cadê o sol? saiu para brincar e ainda não chegou é cinza a roupa que vestimos em solene luto e os calafrios que sentimos coloca uma febre ao contrário em nossa testa não se cale continue pensando é como o espinho necessário da rosa e as carpideiras que fazem hora extra ora veja os sonhos são imortais mas os homens não quando estes partem aqueles arranjam outro lar quando a canção se calam eles arranjam outras notas e a dança continua os amantes a mulher e o marido a rotina celebrada com a solenidade necessária vamos decorar a tabuada zero vezes um é nada e o nada se transforma naquilo que bem quiser somos inocentes e culpados ao mesmo tempo como a poeira das ruas que acaba nos acompanhando em seu cínico passeio cada grão testemunha em nosso favor mas nos condena foi sem querer que queremos alguma coisa ou coisa alguma foi sem querer que vimos a luz e nosso choro testemunhou isso depois dele veio o riso que de santo a cruel passa sem que percebemos tudo vale só não sabemos fazer as contas calcular o real preço dos juros à perder de vista a água que mata a sede também poderá me matar a luz me iluminará mas perderei o sono nas sombras nascem mais coisas do que imaginamos e a rotina também pode ser o imprevisto disfarçado para mais uma jornada quem terá a chave? a porta espera calmamente e os cães dormem tranquilamente no tapete da sala de estar a satisfação é o peso que veio à mais sem ser cobrado por isso tudo é leve e me vejo rimando mesmo quando o perceber já foi embora a caça é que caça o caçador só passeia olhando ao redor a bela e a fera estão tomando chá todos os mitos se reúnem semanalmente para trocar suas receitas cada verso que flutua deve ser pego com mãos de ferro e um dia conseguiremos beber o mar sem sobrar gota alguma quem sabe? enquanto isso acendamos a vela sem chama e oremos pelo fim dessa guerra e esperemos o novo carnaval os cocares multicoloridos e o baticum dos tambores cada palavra nova virá ao nosso encontro
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
O Teatro de Pablo Número 2
entre encenações e cenas vivemos e nem sabemos até quando falem o que quiserem na mesma ponte ainda existem sonhos e sonhos e amigos e amores inauditos quando quisermos nada é tão como o melhor eu conto as estrelas até o fim e ainda conto de novo só por brincadeira eu mudei? não sei só sei que os verbos conjugam-se sozinhos em matérias mais ou menos sensacionais pela internet cadê a estrela? mandou mil beijos para a platéia sem que o poeta tenha tempo para recolhê-los em seus pobres versos cadê o sol? saiu para brincar e ainda não chegou é cinza a roupa que vestimos em solene luto e os calafrios que sentimos coloca uma febre ao contrário em nossa testa não se cale continue pensando é como o espinho necessário da rosa e as carpideiras que fazem hora extra ora veja os sonhos são imortais mas os homens não quando estes partem aqueles arranjam outro lar quando a canção se calam eles arranjam outras notas e a dança continua os amantes a mulher e o marido a rotina celebrada com a solenidade necessária vamos decorar a tabuada zero vezes um é nada e o nada se transforma naquilo que bem quiser somos inocentes e culpados ao mesmo tempo como a poeira das ruas que acaba nos acompanhando em seu cínico passeio cada grão testemunha em nosso favor mas nos condena foi sem querer que queremos alguma coisa ou coisa alguma foi sem querer que vimos a luz e nosso choro testemunhou isso depois dele veio o riso que de santo a cruel passa sem que percebemos tudo vale só não sabemos fazer as contas calcular o real preço dos juros à perder de vista a água que mata a sede também poderá me matar a luz me iluminará mas perderei o sono nas sombras nascem mais coisas do que imaginamos e a rotina também pode ser o imprevisto disfarçado para mais uma jornada quem terá a chave? a porta espera calmamente e os cães dormem tranquilamente no tapete da sala de estar a satisfação é o peso que veio à mais sem ser cobrado por isso tudo é leve e me vejo rimando mesmo quando o perceber já foi embora a caça é que caça o caçador só passeia olhando ao redor a bela e a fera estão tomando chá todos os mitos se reúnem semanalmente para trocar suas receitas cada verso que flutua deve ser pego com mãos de ferro e um dia conseguiremos beber o mar sem sobrar gota alguma quem sabe? enquanto isso acendamos a vela sem chama e oremos pelo fim dessa guerra e esperemos o novo carnaval os cocares multicoloridos e o baticum dos tambores cada palavra nova virá ao nosso encontro
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