Um tempo para todas as coisas. Ou tempo para coisa nenhuma. Em eternas contradições como cartas na mesa. Ou na manga. Se assim o quiserem. Tempo de ser. Ou de estar. De fazer qualquer coisa. Ou simplesmente parar. Tempo de ser são. Ou então desvairar. Alçar voo pro alto. Ou ainda desabar. Carpir ou dormir. E de novo acordar. É carnaval em Veneza. Ou na sala de estar. Enquanto se tem a certeza. Que nada vai nos mudar. Que somos o que somos. Que às três é hora do chá. E depois vem a novela. E logo após o jantar. E o sono não é dos justos. Sábios só vão cochilar. Porque à qualquer hora. O telefone está à tocar. Trazendo sérias notícias. Que a bomba vai estourar. E que se preparem os fogos. Nós vamos comemorar. O fim da picada. O fim da piada. A foda maldada. Que cismaram de dar. Vamos salvar o planeta. Vamos saudar o Orixá. Vamos surfar entre as nuvens. Vamos fingir respirar. Vamos achar que gostamos. A nova moda de lá. É hora de ser meu amigo. Também hora de me amar. Faz tanto tempo que eu digo. Você não quer escutar. Apesar de todo perigo. De me enciumar. E quebrar todos os pratos. Ficar de pernas pro ar. Ou escrever cartas de adeus. Mas nem por isso acenar. São lugares-comuns. Tudo que eu posso rimar. A rima perversa que falta. Nunca mais vai voltar. Rasgaram outros versos. Deixaram alguém levar. E se estão aqui dentro. Não tem como incomodar. Eu nunca fui ao teatro. Nem sei mais como é chorar. O álcool sobe à cabeça. Mas é preciso andar. Andar pesando tudo. Pesando tudo que há. Nada é diferente. Só basta olhar. Bondade ou maldade. Não ver ou amar. Um tempo para coisa nenhuma. Ou para todas as coisas. Em eternas contradições como sempre foi. O que sempre será...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
sábado, 11 de agosto de 2012
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Alguns Poemetos Sem Nome N° 322
O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...
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O caminho que vai dar no mar. Consequências de tudo o que pode acontecer. E lá estão barcos e velas incontáveis. E amores em cada porto ...
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Não sabemos onde vamos parar Mas qualquer lugar é lugar Quantos pingos nos is temos que colocar Quantos amores temos que amar Quantos ...
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Um sorriso no escuro Um riso na escuridão Um passado sem futuro Um presente em vão... Mesmo assim insistindo Como quem em a...
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