quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Vidraria

Pedaços de estrelas

Sob um chão tristonho

(De cores? Sim! De cores...)

Como fosse areia

De qualquer praia aí...

E tantas belezas

Acabam sendo vulgares...

Frutas maduras no pé

Perigo iminente sempre

(Passarinhos? Sim! Eles...)

Tudo com seu lado bom

E um outro quase não...

Todos nós enjoamos

Após qualquer saciedade...

Poeira repetida sempre

Apesar de nossa teimosia

(Estou irritado? Sim! Ou não...)

Pedras são poeiras crescidas

E nós somos tão pequenos...

Todo abandono está só

E todo choro é silencioso...

Paredes ficam bêbadas

E logo irão para a queda

(Tomemos cuidado! Sempre? Se...)

O tamanho faz a queda

E prendemos a liberdade...

Temos vários cacos de vidro

Vamos deitar sobre eles...


(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Carliniana XLV (Indissolúvel)

  Plano A... Plano B... O amor é uma pedra Que teima se dissolver na água Quem poderá consegui-lo? Plano A... Plano B... O pássaro encontrou...