Se não ir, não posso voltar
A verdade falha, mas não tarda,
Tudo sufoca, até o ar...
Tudo é jogo, é jogo,
Para apagar uso o fogo...
É o final da novela
Tudo foi bom, tudo foi mal
Eu me escondo, abro a janela
E me entristeço no carnaval...
Casa sem ter tijolos,
A cabeça não tem miolos...
Não existe Shangri-Lá,
Se existe, é na Baixada,
Fica em falta o verbo amar,
Agora é tudo ou nada...
Um soco? Ou um tiro?
Nem sei o que eu prefiro...
É o final do pagode,
Vão todos para suas casas,
É barba, cabelo e bigode,
Quem voa, use suas asas...
E o pandeiro caiu no chão,
A culpa foi sua, seu capitão...
Não existe um Paraíso,
Até mais de um que vá lá,
Feitos de sonhos, feito de riso,
Mas até nos matar...
Tudo é logro, é logro,
Para perder, uso o jogo...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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