domingo, 18 de fevereiro de 2024

Verita Cachaça

 

Não existe Pásargada

Se não ir, não posso voltar

A verdade falha, mas não tarda,

Tudo sufoca, até o ar...


Tudo é jogo, é jogo,

Para apagar uso o fogo...


É o final da novela

Tudo foi bom, tudo foi mal

Eu me escondo, abro a janela

E me entristeço no carnaval...


Casa sem ter tijolos,

A cabeça não tem miolos...


Não existe Shangri-Lá,

Se existe, é na Baixada,

Fica em falta o verbo amar,

Agora é tudo ou nada...


Um soco? Ou um tiro?

Nem sei o que eu prefiro...


É o final do pagode,

Vão todos para suas casas,

É barba, cabelo e bigode,

Quem voa, use suas asas...


E o pandeiro caiu no chão,

A culpa foi sua, seu capitão...


Não existe um Paraíso,

Até mais de um que vá lá,

Feitos de sonhos, feito de riso,

Mas até nos matar...


Tudo é logro, é logro,

Para perder, uso o jogo...


(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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