Tudo que me baste
Rodeios de impossível poeira
Dias de aflição quase bonita
Contei cada passo do caminho...
Estou me desfazendo
Como uma fotografia que esmaece
Depois que vá embora talvez sobre
Algumas palavras com sem-querer...
O dedo foi temerário e apontou
Estrelas contando cada uma delas
Não surgiu uma verruga sequer
Só me confundi nesses números...
Inventor de novos sentimentos
Amei cada instante com delicada
Ternura que até me doía ao máximo
Só minha timidez silenciou meu canto...
Levantem logo suas cabeças
É proibido chorar por mim agora
Fico na minha dúvida mais insana
Se serei alma ou um monte de ossos...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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