domingo, 7 de janeiro de 2024

Poema do Zero

Tudo que me baste

Rodeios de impossível poeira

Dias de aflição quase bonita

Contei cada passo do caminho...


Estou me desfazendo

Como uma fotografia que esmaece

Depois que vá embora talvez sobre

Algumas palavras com sem-querer...


O dedo foi temerário e apontou

Estrelas contando cada uma delas

Não surgiu uma verruga sequer

Só me confundi nesses números...


Inventor de novos sentimentos

Amei cada instante com delicada

Ternura que até me doía ao máximo

Só minha timidez silenciou meu canto...


Levantem logo suas cabeças

É proibido chorar por mim agora

Fico na minha dúvida mais insana

Se serei alma ou um monte de ossos...


(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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