O risco é o preço. Todo fim é o começo. Não pise na grama. Não mije na cama. Não dê endereço. Seja simpático. Seja apático. Não empreste. Não proteste. Fuja da peste. Venda sua alma. Para o desastre tenha calma. O artista é um filho-da-puta. É a luta. É a disputa. Toda tragédia faz rir. Não tou nem aí. Cobra no sertão do Cariri. Mocó no sertão de Caicó. Pau-de-arara. Pedra cara. Macumba na encruza. Tire logo a blusa. Não há recusa. Não há aperreio. O toró já veio. Tem bonito feio. Caiu do andor. Não sei mais que sou. Nem sei quem eu era. Se besta ou se fera. Engulo a quimera. Engulo a tristeza. Não é sobremesa. É o prato do dia. Quem diria. É um nó. É um lá sem dó. Todo capricho. Todo carrapicho. Luxo e lixo. Misturo tudo. Espinho e veludo. Não me iludo. Nem me acudo. Fase feita. Dorme e deita. Não aceita. Vida estreita. É o haicai. Vai e não vai. Morre. Corre. Revive. Não tenho e nem tive. A pedra voou. O maço amassou. No meu imaginário. Eu sou um otário. Eu sou um clown. Eu sou um down. Passos no escuro. A cara contra o muro. Contracapa. Contramão. Ninguém escapa. Do coração. Contramestre. Contradito. O que não preste. Ao infinito. Salada mista. Meia lua. Meio nua. Meio rua. Eu me estranho. É o tamanho. É o fado. Tudo errado. Quase atrasado. Tudo avesso. Tem seu preço. Tem temporal. Vem carnaval. Falta um pouco. Estou quase louco. É quintal baldio. Já chegou frio. É o gato no mio. Numa trança nagô. Mentiu quem falou. Faça logo sua parte. A tolice virou arte. Tá quase na agulha. Da água a fagulha. Delirei. Sei e não sei. Não mais cantarei. É tocaia. Estou tocaiando. Até nunca. Até quando. Dancei para o nada. Que piada. É medo da escada. O risco é o preço. Todo fim é começo...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
sábado, 27 de janeiro de 2024
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Alguns Poemetos Sem Nome N° 322
O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...
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O caminho que vai dar no mar. Consequências de tudo o que pode acontecer. E lá estão barcos e velas incontáveis. E amores em cada porto ...
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Não sabemos onde vamos parar Mas qualquer lugar é lugar Quantos pingos nos is temos que colocar Quantos amores temos que amar Quantos ...
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Um sorriso no escuro Um riso na escuridão Um passado sem futuro Um presente em vão... Mesmo assim insistindo Como quem em a...
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