Quantos caixões cabem na terra?
Nomes modernos para totais velhices...
O compromisso de teus cabelos é sério...
O amargo da língua fala que língua?
O perto é mais longe do que se imagina...
Nunca mais me fale nunca nunca mais...
Quem mentiu sobre todas as mentiras?
Principiando do princípio principal...
Há até quem não saiba contar até três...
Quantos demônios existem entre nós?
As pegadas foram embora logo no vento...
Caiu do alto do prédio e nem sequer voou...
Todas as contradições estão acesas?
O menino escreve enigmas na areia...
Todos os anéis agora estão em greve...
Quem quer esquecer todos os domingos?
Levantemos os dedos como noutros dias...
Os risos só nos restaram nas fotografias...
Essa rua foi por acaso minha um dia?
Toda fraqueza se irritando fortalece...
Não tenho culpa da mesmas mesmices...
Poderemos dançar em outros dias comuns?
Sob teu véu alguma Isis daqui de outra rua...
Eu sou um incomum como qualquer outro...
Que tal uma pedra para roermos agora?
Eu nem quero saber mais de mim mesmo...
Caí no oceano para ficar bem mais seco...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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