Os guaranis adoram guaraná
Dias de captura...
Quem tem é aquele que não tem
Fagulhas de sal...
Faltam barricas na barricada
Só bebo sólidos...
Queremos carícias de espinho
Até que nos sangre...
O que nunca irá um dia falhar
É o nosso atraso...
Uma quadrilha de anjos formou
Um ar sólido...
A menina feliz disfarçou tristeza
Choramos galões...
O galo acabou dormindo demais
Hoje não há festa...
Pode urinar ali num cantinho
Sem fazer ópera...
Meu mandarim está correto
Calei a boca...
Há demônios em liquidação
Pandeiros idem...
Eu só vou quando eu volto
A farinha sobrou...
É show de bola quadrada
Com todo molho...
O dendê a todos hipnotiza
É baião de três...
Temos Coca-Cola na veia
Até que amanhã...
Eu tou pra lá de pra lá
Em dois minutos...
A fumaça conhece os rumos
Pés se perdem...
Terão chicletes no churrasco
Sem pudor algum...
Alguns canibais vegetarianos
Estão na moda...
O pai-nosso não tem mais pão
O céu é o limite...
A taba abriu a sua imobiliária
O dinheiro brilha...
Os caçadores também dormem
Esteticamente digam...
Lembrei de uma do inesquecível
O pierrô fez careta...
A comodidade pode ser vulgar
Como uma estrela...
Códigos secretos naquele cartoon
Ganhe uma voadora...
Traga mais frango com cachaça
É força do hábito...
O paraíso está com vagas lotadas
O olhos enganam...
O absurdo tem seu gosto bom
Até que seja azul...
Meu chapéu de palha é hi-tech
O poço também...
Nada é impossível para nada
Vem na contramão...
Eu acabei errando a receita
Coloquei angu no litro...
(Extraído do livro "Maluqueci de Vez" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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