O nada...
O velho menino enlouquecido e etílico
Dançando para uma plateia inexistente...
Onde andarão as fantasias que eu vivi
E que ainda se encontram presentes aqui?
Devem ter galopado junto ao vento forte
Que varreu a cidade quase no dia de ontem...
E o nada...
O amante diante do cadáver de seu amor
Com um luto sem palavra alguma e nada mais...
Onde estarão todos esses meus caminhos
Já que as construções formaram nova selva?
Toda perdição agora é bem uma outra
Nos perdemos antes de qualquer um passo...
E o nada...
Tentar levar a ternura como quem salva alguém
Mesmo sabendo que o seu estado é desesperante...
Onde estará aquele sono que eu nunca mais tive
Mas que mesmo assim me faz dormir novamente?
Tudo é um sono, apenas mais um sono qualquer
Desses que quando vemos, passou e se esquece...
(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).
Nenhum comentário:
Postar um comentário