terça-feira, 9 de janeiro de 2024

O Nada e O Nada e O Nada

O nada...

O velho menino enlouquecido e etílico

Dançando para uma plateia inexistente...

Onde andarão as fantasias que eu vivi

E que ainda se encontram presentes aqui?

Devem ter galopado junto ao vento forte

Que varreu a cidade quase no dia de ontem...


E o nada...

O amante diante do cadáver de seu amor

Com um luto sem palavra alguma e nada mais...

Onde estarão todos esses meus caminhos

Já que as construções formaram nova selva?

Toda perdição agora é bem uma outra

Nos perdemos antes de qualquer um passo...


E o nada...

Tentar levar a ternura como quem salva alguém

Mesmo sabendo que o seu estado é desesperante...

Onde estará aquele sono que eu nunca mais tive

Mas que mesmo assim me faz dormir novamente?

Tudo é um sono, apenas mais um sono qualquer

Desses que quando vemos, passou e se esquece...


(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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