domingo, 14 de fevereiro de 2021

Sobre Veneno

 


Teimo com o impossível

e por mais que capriche

minhas tentativas são vãs...

Nada do que faça

muda o correnteza do destino

e por isso só me lamento...

Não sei mais o que faço

e acabo me perdendo

entre milhares de desconhecidos...

As intenções foram as melhores

mas todos os planos

todos eles acabaram morrendo...

Sinto um gosto diferente

na dose de sonho que tento engolir

e desconheço o que isso é...

Acabo brigando com as nuvens

e talvez me arrependa depois

não foi sua culpa minhas ilusões...

Estou mais frio que o lá fora

e não posso culpar ninguém

que não seja eu mesmo...

Na frente de uma grande tela

construí um santuário

para todas as minhas decepções...

Os meus versos viraram-me as costas

porque a esmaguei a fantasia

com as minhas próprias mãos...

Faça um ritual

para falar com os mortos

através do meu celular...

Hoje está chovendo

e nos outros dias também

mesmo quando parece ter sol...

A minha poesia se esconde

com timidez pelos cantos

e talvez morra junto de mim...

Tenho visto tantos fracassos

que acabam dando certo

e rir disso de nada adianta...

Minha mente faz perguntas

que alma tenta ignorar

por estar tão cansada...

Escondo-me onde consigo

de algum amor fatídico

que possa chegar atrasado...

Só não consigo escapar

da menina de cabelos verdes

de veneno nos lábios...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Carliniana XLIV (Tranças Imperceptíveis)

Quero deixar de trair a mim mesmo dentro desse calabouço de falsas ilusões Nada é mais absurdo do que se enganar com falsas e amenas soluçõe...