Um teatro com riso. Um teatro sem pudor. Consciente e sem siso. Pleno e prenhe de amor. Um teatro sem penas e cruzes. Um teatro de luzes. Um teatro sem dor. Um teatro só de teatro. De admirar e ficar de quatro. Um teatro de pavor. Um teatro demente. Um teatro de gente. Que ninguém maquiou. Um teatro bonito e feio. Um teatro de louco e meio. Que o tolo desprezou. O teatro da fera. O teatro da espera. Que por alguém chorou. Um teatro com e sem Deus. Um teatro dos meus. Um teatro que sou. Um teatro sem ideia. Que se foda a plateia. Ninguém te chamou. Um teatro sozinho. Que pode ter algum carinho. Aqui eu sou o ator. Um teatro de tintas. De terças e quintas. Só você não reparou. Que eu estava ao seu lado. Apesar de cansado. Nada me magoou. E eu te acompanhava. Eu quase te amava. Só você não notou. E era fantasia. Quando vi era folia. Feliz invasor. Viva o Zé Pereira! Viva nossa besteira! Até o Diabo gostou. É a nossa frege. Eu sou o herege. Alguém me criou. É uma campanha. Tão tamanha. Que nunca acabou. Viva o toque! Viva o choque! Viva o rock n'roll. Teatro do amigo. Teatro do abrigo. O abrigo que você me negou. A religião. A perseguição. Nada mudou. Passamos de dois mil. É a puta que pariu. O sonho não acabou. O rosto pintado. O medo encenado. Minha ideia mudou. Minha cabeça roda. Viver é foda. E viva vivou! Um teatro de corredores. Um teatro sem amores. Mas que sempre amou. Um teatro sem escola. Um teatro de esmola. De quem sempre implorou. Eu não tenho palavras. As palavras são as escravas. De quem as capturou. Palavras cínicas. Opiniões clínicas. Quem disfarçou? Aceito carinhos. Dispenso os espinhos. De quem dispensou. Eu corro de tudo. Eu faço um escudo. Cuidado com o andor. Um teatro com riso. Um teatro sem pudor. Consciente e sem siso. Pleno e prenhe de amor...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Alguns Poemetos Sem Nome N° 322
O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...
-
O caminho que vai dar no mar. Consequências de tudo o que pode acontecer. E lá estão barcos e velas incontáveis. E amores em cada porto ...
-
Não sabemos onde vamos parar Mas qualquer lugar é lugar Quantos pingos nos is temos que colocar Quantos amores temos que amar Quantos ...
-
Um sorriso no escuro Um riso na escuridão Um passado sem futuro Um presente em vão... Mesmo assim insistindo Como quem em a...
Nenhum comentário:
Postar um comentário