quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Memórias de Culpa


São tantos planos... 
São tantos anos...
São tantos danos...

Fui eu o culpado de todas as minhas culpas

O que estava errado e é sem desculpas
O brinquedo quebrado a brincadeira terminada
E aquele labirinto que vai dar em nada...

São tantas ideias...

São tantas plateias...
São tantas panaceias... 

Fui eu o cúmplice do meu próprio ardil

O que fez o crime e ninguém nunca viu
A espera que não foi assim tão esperada
E aquele sonho que ficou só pela estrada...

São tantos temporais...

São tantos lamaçais...
São tantos carnavais...

Fui eu que vestiu a velha roupa descolorida

Porque queria porque queria ter só a vida
Quebrei qualquer silêncio apenas gritando
Perdido entre o por enquanto e o até quando...

São tantos gatos...

São tantos ratos...
São tantos fatos...

Fui eu que não escutou o mais sóbrio conselho

Porque queria enxergar depois do espelho
Deveriam ter coisas bem mais bonitas de se ver
E ainda a minha própria vontade de escolher...

São tantas cruzes...

São tantas luzes...
São tantos obuses...

Mea culpa... Mea culpa... Mea culpa...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...