era um espaço muito grande que não se podia imaginar muitos metros separando a realidade do sonho que apesar de tudo estavam colados um no outro e era assim tudo em várias portas em vários corredores que metiam medo o que havia atrás daquelas portas incontáveis segundos vividos em deleite e que não existem mais e recontamos todos os dias reticências à parte como é previsível todo e qualquer final eu sou o que sou e mais um pouco talvez o mais um pouco que não conheço e bondade e maldade andam juntas de braços dados eu franzo o cenho e sorrio com ares de maldito é a bebida que sobe ao cérebro enquanto desce pela garganta e não sabemos expressar de forma exata a nossa revolta ah bom que bom que você veio trazer toda sua culpa entre as delicadas e bem tratadas mãos o sangue está nelas mas nem reparamos porque vocês movem o mundo e são felizes resultados de dúbias previsões aí está o que aconteceu o resultado da aceleração do carro e do choque entre milhares de nuvens cobertas de aflição eu sei todos os detalhes mas não revelarei nenhum eu tenho todas as chaves no bolso mas faço a cara mais cínica do mundo e é por vocês eu mudo de idioma tantas vezes for para falar cada palavra e que não entendam absolutamente nada eu sou a alegria que chora e a brancura das flores da cicuta nascendo despreocupadamente em algum jardim por aí as flores em cima das campas estão quase vivas e a quase vida se torna mais perigosa que a vida em si toque a viola violeiro é tão óbvio o gosto da festa que chega a me enjoar cada história sensacional é o que dá certo e se assim não fosse perderia sua pretensão um mar revolto de muitas águas e muitos portos que não sabemos onde parar o que há são velhos ídolos com esquecidas venerações que andam claudicando sem pausa e com descobertas unânimes em que o homem fez o seu papel o papel do menestrel e do bobo de uma corte sem cortes e o carrasco chora uma lágrima abandonada este é o céu onde nunca existiram estrelas e faz um cobertor que abriga todas as mágoas lâmpadas acesas na noite de todo mundo...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
sexta-feira, 9 de maio de 2014
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Alguns Poemetos Sem Nome N° 322
O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...
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O caminho que vai dar no mar. Consequências de tudo o que pode acontecer. E lá estão barcos e velas incontáveis. E amores em cada porto ...
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Não sabemos onde vamos parar Mas qualquer lugar é lugar Quantos pingos nos is temos que colocar Quantos amores temos que amar Quantos ...
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Um sorriso no escuro Um riso na escuridão Um passado sem futuro Um presente em vão... Mesmo assim insistindo Como quem em a...
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