segunda-feira, 19 de maio de 2014

Insaneana Brasileira Número 30 - Pistas e Estradas

Eram dias. E a quentura das tardes faz tudo. E o que eu quero são sons mais sonoros da mais pura sofreguidão. É pouco tempo para tanto divertimento. E sinais de terra de grama de asfalto. Subidas e descidas ao som ambiente. É o que temos para hoje. E o agora é o nosso mestre. Já somos e somos e somos mais. Muito mais. Eu tiro fotos e publico em redes sociais. E ligações noturnas de declarações do mais puro amor. É a TV ligada e o riso solto e fácil. Não quero e dispenso cálculos esdrúxulos bem vindos de se ver mas com gosto demasiado amargo de sentir. Eu não erro palavras componho outras. E eu sou eu mesmo as tais regras feitas de um roubar quase louco. Comodamente deitado na minha rede vejo estrelas aos montes como a poeirinha fina dum dia bem quente. Sou em quem escreve com preguiça preguiçosa de incontáveis sonos. Sou eu quem grita aos quatro ventos palavras inaudíveis de pura aflição e gozo. E eu gozo em meio a tantas entrelinhas mais fáceis de se perceber. Não que não me embriague com goles maiores nem nuvens de fumaça maldosas amigáveis. É o incêndio do prédio e a nacional comoção. Eu sequencio longas frases de DNA. E desejo dar muitos tiros na escuridão. Eu sou o pássaro mudo que subiu nas estrelas galopou na simplicidade de quase tudo que aboliu em áureas escrituras. As cores foram só coincidentes e no mais nada há para se esperar. Em tons escuros fiz um luto alegre e no final da pista haveremos então de voltar. É a estrada é a estada é a estrada nem sempre fora das curvas. Eu faço quantas espirais quiser. E todas se materializam em poucos segundos. Eu sou o índio veloz de tênis de marca e casacos com nomes de bandas rebeldes. As horas perdidas na lição de casa sem lição. É o peixe fora d'água com muitas águas que caem das nuvens. Assim é se não lhe parece. São todas as coisas e alguma à mais. Eu sou solo na frente da grande multidão. O grito para o alto o punho fechado de intermináveis felicidades. São as cinco fases de uma lua de curvas safadas com bom gosto. A trombeta do arcanjo tocou em ritmo de jazz. E os quatro cavaleiros correram no primeiro páreo. Façam suas apostas senhores! Cuidado que eu xingo. E faço cara feia...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Carliniana XLV (Indissolúvel)

  Plano A... Plano B... O amor é uma pedra Que teima se dissolver na água Quem poderá consegui-lo? Plano A... Plano B... O pássaro encontrou...