Eram dias. E a quentura das tardes faz tudo. E o que eu quero são sons mais sonoros da mais pura sofreguidão. É pouco tempo para tanto divertimento. E sinais de terra de grama de asfalto. Subidas e descidas ao som ambiente. É o que temos para hoje. E o agora é o nosso mestre. Já somos e somos e somos mais. Muito mais. Eu tiro fotos e publico em redes sociais. E ligações noturnas de declarações do mais puro amor. É a TV ligada e o riso solto e fácil. Não quero e dispenso cálculos esdrúxulos bem vindos de se ver mas com gosto demasiado amargo de sentir. Eu não erro palavras componho outras. E eu sou eu mesmo as tais regras feitas de um roubar quase louco. Comodamente deitado na minha rede vejo estrelas aos montes como a poeirinha fina dum dia bem quente. Sou em quem escreve com preguiça preguiçosa de incontáveis sonos. Sou eu quem grita aos quatro ventos palavras inaudíveis de pura aflição e gozo. E eu gozo em meio a tantas entrelinhas mais fáceis de se perceber. Não que não me embriague com goles maiores nem nuvens de fumaça maldosas amigáveis. É o incêndio do prédio e a nacional comoção. Eu sequencio longas frases de DNA. E desejo dar muitos tiros na escuridão. Eu sou o pássaro mudo que subiu nas estrelas galopou na simplicidade de quase tudo que aboliu em áureas escrituras. As cores foram só coincidentes e no mais nada há para se esperar. Em tons escuros fiz um luto alegre e no final da pista haveremos então de voltar. É a estrada é a estada é a estrada nem sempre fora das curvas. Eu faço quantas espirais quiser. E todas se materializam em poucos segundos. Eu sou o índio veloz de tênis de marca e casacos com nomes de bandas rebeldes. As horas perdidas na lição de casa sem lição. É o peixe fora d'água com muitas águas que caem das nuvens. Assim é se não lhe parece. São todas as coisas e alguma à mais. Eu sou solo na frente da grande multidão. O grito para o alto o punho fechado de intermináveis felicidades. São as cinco fases de uma lua de curvas safadas com bom gosto. A trombeta do arcanjo tocou em ritmo de jazz. E os quatro cavaleiros correram no primeiro páreo. Façam suas apostas senhores! Cuidado que eu xingo. E faço cara feia...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
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Carliniana XLV (Indissolúvel)
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