Alterem-se as medidas de tempo e espaço. Até a exaustão. Bem. É só isso que tenho a declarar my dear. E como costumar inventar inventemos. Novas regras indecifráveis que devem ser obedecidas à risca. Mesmo com puro desconhecimento de causa. São todas as poesias do mundo ditas de uma vez com seus discretos versos de insônia e mais inocente malícia. Rios e rios de pedras preciosas e febres terçãs e quartãs e quintãs por assim dizer. Eu fui e fechei as janelas. Não entre mais incômoda luz. Eu não quero me ver mais no espelho e nem me conhecer. Basta eu ser o estranho de mim mesmo bandoleiro invasor soldado estrangeiro e mercenário. Basta um sorriso apenas do vulto estranho que me persegue na noite com sua lâmina refletindo os suspiros de noturnos postes. É complicado. E por isso o mais simples entre os possíveis. Durma bem o seu sono de injusto. E a consciência que tome a cicuta que restou no copo de Sócrates. Eu me orgulho de ser o que sou - nada. E também dos meus choros sejam justificados pela minha própria dor. Eu espetei meus dedos na roseira. E o sangue que molhou o chão era o meu mesmo. Nada devo. Minhas contas estão em dia. E sou um cidadão mais do que comum. E comuns são meus irados devaneios feitos de muita febre e estranheza. Três vezes realmente perdi os sentidos. Dois por causa de esquálidos leões e outros por um cobertor de água e um céu claro. Minha vida é um livro aberto mas o idioma que está escrito é deveras indecifrável. Gritem em praça pública. Tudo está certo e nada tem realmente razão. A felicidade é o travesti mais belo da pista. Estudos apropriados o dizem. Num novo código escrito em radiações interestelares. Bom dia sem café não é bom dia. Quem quiser que o entenda. Meus lábios estão mortos de tanto falar. Mesmo que ainda mais o digam...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Alguns Poemetos Sem Nome N° 322
O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...
-
O caminho que vai dar no mar. Consequências de tudo o que pode acontecer. E lá estão barcos e velas incontáveis. E amores em cada porto ...
-
Não sabemos onde vamos parar Mas qualquer lugar é lugar Quantos pingos nos is temos que colocar Quantos amores temos que amar Quantos ...
-
Um sorriso no escuro Um riso na escuridão Um passado sem futuro Um presente em vão... Mesmo assim insistindo Como quem em a...
Nenhum comentário:
Postar um comentário