Tudo é fácil. Tudo muito fácil. Os dias não param em novas roupagens. Com a ilusão que tenos de igualdade. Nada é igual. Mas foi feito para enganar olhos e pés. A desilusão vem e a morte vem. E não precisamos de muito esforço. É só fechar os olhos e parar de respirar. Nada certo. Tudo incerto. Como a trajetória de uma bala perdida em meio a tantas outras. Todo vermelho é azul e toda estatística um deboche mal feito. Para tudo há um jeito. Até para a morte a lápide mentirosa e a carpideira safada. É notícia. É delícia. É malícia. Não corra e morra. Que aí vem a polícia. Estamos numa grande gaiola de pássaros. A gaiola é tão grande que não vemos as grades. Uma gaiola com horizontes que nem o Amazonas que nunca foi mar. Escolha é uma palavra banida de todos os dicionários. Quem faz? Ninguém faz nada e nem escolheu e nem ficou bonito e nem sorriu sinceramente. A liberdade é uma farsa de um teatro burlesco. Os passos são contados e apressados em direção à uma busca que não dá em nada. Não mudem as letras. Teclados viciados. Dados viciados jogados na mesa da realização. Quem vai pelo rio? As ruas só tem mão única e isso é muito triste. Mas a nossa tristeza tem um extenso estojo de maquiagem para todas as ocasiões. E a nossa realidade é boa como o Cão. Tudo é fácil. Tudo muito fácil. É um cubo mágico com uma cor só. É todo negro. E é todo branco. Com as matizes infinitas que passam despercebidas aos olhos dos otários. É a nossa ficha pessoal. Uma coletânea de burrices sem tamanho. É a acreditar nos quadrinhos e ser um cosplay desde que nasceu. O maior disfarce é a normalidade. Não basta ser ruim tem que se ser o pior. Não basta achar tem que se achar sendo a mais cômica das piadas. Tudo parece bonito e só parece. Cada ruga tem seu destinatário certo e insano. Tudo é tudo. Até pequenas coisas podem originar grandes catástrofes. É o buraco da formiga no dique. É o dique indo abaixo. Tudo é fácil. Muito fácil...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
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Alguns Poemetos Sem Nome N° 322
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O caminho que vai dar no mar. Consequências de tudo o que pode acontecer. E lá estão barcos e velas incontáveis. E amores em cada porto ...
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Não sabemos onde vamos parar Mas qualquer lugar é lugar Quantos pingos nos is temos que colocar Quantos amores temos que amar Quantos ...
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