Eu, você, todos nós, uma ilha, uma triste ilha. Onde os sonhos começam e acabam...
Milhas e milhas dentro do mar e nenhum porto para atracar... Assim foi, assim é, assim será...
E se há sol ou se há chuva, tempestades bravias ou dias de calmaria, é tudo a mesma coisa...
Somos grandes estranhos que perambulam por ruas cheias de poeira que não sabemos nem o nome...
Eu, você, todos nós, uma ilha, uma triste ilha. Como a que o menino desenhou um dia...
E há diálogos que são monólogos no dia-a-dia. E incompreensões que só fazem chorar. Nada foi como o previsto...
E tudo que eu queria te falar foi num idioma há muito esquecido. Que nem eu mesmo sei ler ou escrever...
E por um segundo à mais ou à menos a casa caiu e os sonhos fugiram pra bem longe...
Eu, você, todos nós, um triste ilha. Como a boneca velha que uma menina embalou...
São passos marcados e indecisos. Aqueles que damos sem perceber onde vamos parar. Mas que temos que ir, isso sim, temos...
Ontem foi o dia que mais nos marcou. Hoje é o desespero como uma sombra que nos persegue onde quer que vamos. Amanhã é uma fábula moderna de terror...
Eu mal posso respirar, mas sinto um cheiro no ar. São dias cinzas de luta entre os homens. É a manchete falando a verdade finalmente...
Eu, você, todos nós, uma triste ilha. Morrer ou não. É a mesma coisa que ficar na solidão...
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