Não amanhece mais em mim...
as rosas estão mortas,
os girassóis desnorteados,
os rios perderam sua pressa...
Não amanhece mais em mim...
os sonhos de vidro quebraram,
as palavras contidas estão,
tudo perdeu sua graça...
Não amanhece mais em mim...
os ventos pararam de soprar,
o riso se recolheu tão triste,
não quero contar as estrelas...
Não amanhece mais em mim...
a teimosia já se conteve,
a chama de velha se extinguiu,
agora nada mais importa...
Não amanhece mais em mim...
um sono me atinge aos poucos,
não sei se cansaço ou morte,
não posso mais escolher...
Não amanhece mais em mim...
talvez nunca tenha amanhecido
e eu estava só enganado...
(Extraído do livro "Muitos Dias Já Passaram" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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