estáticos como sempre fomos
mesmo em quaisquer movimentos
evidentes
eu sou aquele que vaga entre nuvens
no ar parado de quem chora sempre
disfarçado
não há areias tão mais suficientes
para divagações sem motivo algum
embriagado
nada que possa ter em minha posse
poderá compensar o que já perdi
pobremente
a música parou e acho que de vez
as fumaças dos carros sufocam agora
mortalmente...
............................................................................................................
não sei mais o que canto
mas eu canto
não sei mais o que digo
mas eu digo
como só dizem antigas frases
velhas paredes
e alguns jardins esquecidos
um cheiro de morte
traz alguns medos
e um pouco de desespero
não sei mais o que canto
mas eu canto
não sei mais o que digo
mas eu digo
não sei mais o que faço
mas eu vivo...
............................................................................................................
tenho muitas dúvidas
mas algumas certezas falam bem mais...
pulei de pára-quedas na vida
e assim viveremos até qualquer tempo...
as pessoas complicam tudo
mesmo aquilo que é incomplicável...
as guerras furam a fila das prioridades
e seu resultado é apenas um só...
num arriscado malabarismo tentemos
mesmo que o preço disso seja alto...
há bem pouco o que falar
mas muito mais o que se fazer...
há figuras espalhadas em muitos cantos...
mas hei de confessar feito um ladrão
que largaria tudo pelo brilho de teus olhos...
............................................................................................................
o sangue das manhãs acabou
na pressa dos homens
e suas tristes máquinas
o ânimo de sonhar acabou
com a crueldade reinante
e com aquilo que não tivemos
mas a esperança essa teimosa
ainda anda por aí
escolhendo novas vítimas
............................................................................................................
que a tempestade não dure tanto tempo
que nem o tempo queira assumir
o tanto que ocorreu neste intervalo
que os sonhos não estejam cansados
com tanto desengano que bateu na porta
que para a festa ainda tenha motivos
mesmo que estes sejam apenas costume
eu sinto a pressão das teclas em minha alma
e os versos acabam forçando seu próprio parto
............................................................................................................
no brilho da luz
aprendi a dançar
no silêncio d'alma
me defendi
fui queimado
em fogueiras
por algo
que eu nunca fiz
gire o mundo
quantas vezes
assim forem
e eu tranquilo
mostrarei onde estão
todos os abismos
............................................................................................................
morremos certamente
mas facilmente renascemos
quase sempre
renascemos certamente
mas facilmente morremos
não me preocupo com tal
isso já aconteceu
alguns milhares de vezes
cada dia isso se repete
o que me amedronta
mais do que mais que tudo
é saber que tudo era apenas
uma piada engraçada
desprovida de qualquer graça...
mesmo em quaisquer movimentos
evidentes
eu sou aquele que vaga entre nuvens
no ar parado de quem chora sempre
disfarçado
não há areias tão mais suficientes
para divagações sem motivo algum
embriagado
nada que possa ter em minha posse
poderá compensar o que já perdi
pobremente
a música parou e acho que de vez
as fumaças dos carros sufocam agora
mortalmente...
............................................................................................................
não sei mais o que canto
mas eu canto
não sei mais o que digo
mas eu digo
como só dizem antigas frases
velhas paredes
e alguns jardins esquecidos
um cheiro de morte
traz alguns medos
e um pouco de desespero
não sei mais o que canto
mas eu canto
não sei mais o que digo
mas eu digo
não sei mais o que faço
mas eu vivo...
............................................................................................................
tenho muitas dúvidas
mas algumas certezas falam bem mais...
pulei de pára-quedas na vida
e assim viveremos até qualquer tempo...
as pessoas complicam tudo
mesmo aquilo que é incomplicável...
as guerras furam a fila das prioridades
e seu resultado é apenas um só...
num arriscado malabarismo tentemos
mesmo que o preço disso seja alto...
há bem pouco o que falar
mas muito mais o que se fazer...
há figuras espalhadas em muitos cantos...
mas hei de confessar feito um ladrão
que largaria tudo pelo brilho de teus olhos...
............................................................................................................
o sangue das manhãs acabou
na pressa dos homens
e suas tristes máquinas
o ânimo de sonhar acabou
com a crueldade reinante
e com aquilo que não tivemos
mas a esperança essa teimosa
ainda anda por aí
escolhendo novas vítimas
............................................................................................................
que a tempestade não dure tanto tempo
que nem o tempo queira assumir
o tanto que ocorreu neste intervalo
que os sonhos não estejam cansados
com tanto desengano que bateu na porta
que para a festa ainda tenha motivos
mesmo que estes sejam apenas costume
eu sinto a pressão das teclas em minha alma
e os versos acabam forçando seu próprio parto
............................................................................................................
no brilho da luz
aprendi a dançar
no silêncio d'alma
me defendi
fui queimado
em fogueiras
por algo
que eu nunca fiz
gire o mundo
quantas vezes
assim forem
e eu tranquilo
mostrarei onde estão
todos os abismos
............................................................................................................
morremos certamente
mas facilmente renascemos
quase sempre
renascemos certamente
mas facilmente morremos
não me preocupo com tal
isso já aconteceu
alguns milhares de vezes
cada dia isso se repete
o que me amedronta
mais do que mais que tudo
é saber que tudo era apenas
uma piada engraçada
desprovida de qualquer graça...
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