quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Alguns Poemetos Sem Nome Número 44

Resultado de imagem para menino sentado no chão
Eu sinto tipo uma agonia
por números que não sei explicar
guardiões implacáveis
de uma certa incompreensão
impregnada de muita lógica
persegue-nos por onde vamos
e quer nos vender sempre
aquela tranquilidade inexistente
o incerto é a certeza
que está olhando para o outro lado
nada tenho à declarar...

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Remexer em determinadas memórias
é o mesmo que desenterrar mortos.
Relembrar de certas tristezas
é o mesmo que multiplicar dores.
Repetir os mais teimosos erros
é como se atirar do alto sem pára-quedas.
Remoer já passadas paixões
é como insistir em caminhos malvados.
Não é necessário ferir-se com espinhos
já basta teimar em reviver alguns sonhos...

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o sinal está fechado
o tempo está fechado
até o sorriso fechou...
em ritmo acelerado
em passo alucinado
nem sei onde vou...
e são tantas
as coisas que 
tento explicar
e ainda não consigo...
por que eu
estou por aqui?

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não posso dançar na chuva
mas posso olha-lá
e assim ir sonhando...
não posso caminhar como antes
mas posso tentar
dar mais alguns passos...
os passos que dei pelo caminho
minha alma acabou gravando...
as ilusões que tive um dia
estão lá no mesmo lugar
esperando que eu as reencontre...
os sorrisos são bem melhores
mas só o choro me serviu 
para que não ficasse mais só...

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a solidão não traz paz
mas traz calma...
o choro não alegra
mas lava a alma...
andemos cientes
que tudo pode acabar
tanto o mal
quanto o bem...

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eu me lembro de quase tudo
(o quase fica por conta da memó
ria)
eu ri e chorei por quase tudo
(o que não aconteceu não importa)
eu desejei muito quase tudo
(paixões mornas não existem)
eu pintei a minha desilusão com cores novas
(a poeira do tempo leva tudo embora)
eu quase não sei de mais nada
(o instante seguinte é um mestre)
eu queria contar as estrelas do céu
(mas meus olhos não conseguem desviar do abismo)...

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o tempo me esqueceu aqui
enquanto
distraidamente 
conversava com meus brinquedos
tudo foi indo embora
e eu não notei
que era apenas mais um só
tudo mudou
agora é tarde
continuo sendo um velho menino
chorando em meio
à sombras malvadas...

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Poesia Gráfica LXXXVI

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