quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Alguns Poemetos Sem Nome Número 42

Ao mesmo tempo tesão
ao mesmo tempo carinho
ao mesmo tempo paixão
ao mesmo tempo espinho

ao mesmo tempo certeza
ao mesmo tempo à esmo
um barco na correnteza
ao mesmo tempo eu mesmo...

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escuta meus gritos mudos
antes que se sequem
como uma flor arrancada
que murchou de vez
quando o coração sobreviver
e parar de se maltratar
talvez seja tarde demais
e só a morte - essa chata -
te cumprimente rápida
e mesmo assim vá embora

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Desculpe, falo sinceramente
até o que não queria mais falar
a tristeza comeu minhas carnes
até o dia que deixei fazer isso
não quero mais tal coisa
o meu sangue ainda corre
em todas as partes do meu mundo
talvez a morte nos faça unir
de um jeito ou de outro
mas mesmo assim não desisto
de viver mesmo desesperadamente
meus versos estão surdos aos apelos
e são vomitados no dia a dia
como quem bebe demais
ou quem bebeu de menos
mas acabou dando na mesma
Desculpe, se te amei,
foi apenas isso, mais nada...

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madrugada insólita como qualquer outra
e meu coração vagando em todos os lugares
o cães gritam na minha passagem trêmula
e os gatos andam pelas mais espessas sombras
onde irei se não existe mais algum rumo?

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mar de vida
entanto
noite maldormida
e nada
mais nada
e ainda nada
eu quero a sorte
um porto seguro
livre do escuro
sem muro
sem morte...

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riam o tempo todo
riam sim
das piadas sem graça
riam de mim
as tristezas
podem ser engraçadas
e tudo pode não passar
de um conto de fadas...

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quando cheguei aqui
era tarde demais
quando cheguei ali
também era
sem paz
e sem espera
sem mais
nada mais era...

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nada mais quero
é o fim da dança...

e tantas luzes
acabaram cegando
e minhas alegrias
acabaram chorando....

nada mais quero
é o fim da dança...

e tantas vozes
atordoaram a mente
e o peso da vida
matou a semente...

nada mais quero 
é o fim da dança...

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