terça-feira, 5 de novembro de 2019

Alguns Poemetos Sem Nome Número 41

Resultado de imagem para menino cabisbaixo
muito que aprendi
eu esqueci
mas o que sofri
ainda dói
pouco ou muito
tanto faz

todos os meus amores
já morreram
mas cada um deles
feriu-me 
como se fosse 
me matar

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preciso de coisas que nunca tive:
planos que dão certo
amores que retribuem
manhãs de total calma
passos menos cansativos
paixões domadas
ternura suficiente
se vou tê-las é outra história...

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quase nunca
quase sempre
destino moeda rude
quase medo
quase coragem
a ilusão se ilude
quase perto
quase longe
fiz o que pude

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pássaros em bando
sonhos chorando
meu céu desabando
e assim segue
os passos de um triste...

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Sentado na barbearia
Vejo os carros através
Da porta de vidro
As outras pessoas
Esperam sua vez...
A TV está ligada...
Tudo passa aos meus olhos
Numa sequência impaciente
De quem só respira
Pensamentos são abismos
Já cansei de me atirar...
Engoli tanta coisa...
As estranhas estão
Cheias de cadáveres
De sonhos perdidos
Em sujas batalhas...
Quem me dera
Mudar a alma
Como aparência...

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Sou apenas isso...
O sobrevivente do temporal
Caído na noite fria...

Sou apenas isso...
A careta patética no espelho
Querendo arrancar rugas...

Sou apenas isso...
Mil palavras desarticuladas
Que falavam de amor...

Sou apenas isso...
O corte sem sorte...
O norte com morte...
O desespero que respira...

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eu sou do que passou

do que morreu 
e foi sepultado
mas não cheguem perto
meus mortos costumam acordar

eu sou do que não volta
do que correu
e não foi pego
mas não se importem
até o gosto saiu da minha boca

eu sou do que perdeu a corrida
do que escorreu
de uns olhos agora tapados
não tenham pena alguma
meus próprios sonhos me mataram...

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