Baila no ar serena forma
baila e baila até se cansar
e me matar tem como norma
malvada serpente à me encantar
Ri da vida e ri de tudo
até o fôlego lhe abandonar
mãos de aço e pés de veludo
sem barulho pra não me acordar
Vai pelas águas sereia
o meu naufrágio causar
constrói meu castelo na areia
e pede pro vento soprar
Sobe no galho mais alto
fala o que não se pode falar
pois és como o tiro do assalto
que sempre vai me acertar
Faz aquela cara de santa
brinca de roda me faz delirar
agora nem o medo me espanta
já fiz tanta coisa pra me matar
Me esfrega na cara teus pelos
até a minha pele se queimar
segura a chave dos meus pesadelos
um dia após outro é o que há
Assina com um xis analfabeta
que não sabe nem ler meu penar
fala dos meus segredos indiscreta
acaba depressa com meu bê-a-bá
És grande te chamam pequena
maior do que a vida pode acreditar
és venena que a vida envenena
quem pode seu amor dominar?...
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