Sou um cidadão moderno
Minha cidade é Alcatraz
Num perigo domesticado e terno
Eu espero os vendavais
Nem menos, nem mais...
E se não estou enganado
Isso nem bem nem mal me faz
É apenas um leão enjaulado
É a transa no banco de trás
Nem menos, nem mais...
É o ar que me sufoca
São as comoções gerais
É o sanduba e uma coca
E isso já me satisfaz
Nem menos, nem mais...
Todo homem é um faquir
A cama de pregos lhe apraz
E nem estamos aí
Se nos acaba o gás
Nem menos, nem mais...
Vou no meu próprio enterro
Parece com velhos carnavais
Talvez nascer fosse um erro
Mas é que haviam quintais
Nem menos, nem mais...
Sou um cidadão moderno
Que brinca entre os tremendais
Logo ali é o meu inferno
Vade retro Satanás!
Nem menos, nem mais...
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